𝕬𝖈𝖔𝖗𝖉𝖊

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Sentado sobre o chão do jardim, aproveitando os poucos raios de sol que ainda atravessavam as altas árvores. Meu pé, batia no chão de uma maneira descompensada, não consegui controla-lo, estava ansioso e apreensivo. A conversa com Estevão não se saiu como eu estava esperando, estava longe de ser, mais criei expectativas. Apoio a minha costa na pequena árvore do jardim, descansando o quanto eu podia. Passo alguns minutos nessa posição. Olhando para o nada.

- Se continuar assim, irá fazer um buraco no chão. - Aurora diz ao parar e se sentar ao meu lado.

- Seria mais uma chance de sair daqui. Como em uma prisão, todo buraco sempre tem que ter uma saída. - Olho para ela que sorri do que acabei de falar, eu não retribuo o ato, meu olhar estava sério.

- Você não está brincando. - Ela fica em silêncio por alguns segundos, e então faz a pergunta que estava rodando a sua minúscula cabeça. - O que aconteceu?. - Dou de ombros, não queria contar a aurora dos meus problemas pessoais, ela se aprofundaria no assunto, iria querer saber sobre a minha história. Então evito maioria das conversas que temos. Principalmente aquelas que ligam o que não faz parte da minha vida, a família.

- Sabe. Eu nunca caminhei por todo o convento. Nunca fui até aquela parte. - Aponto com o queixo Para a parte mais isolada do convento. Atrás da igreja existia uma espécie de campo. Como um jardim, mais que não existia flores. Aurora está atenta a cada frase. - O que tem naquela direção?. - Ela olha para lá. E olha para mim.

- As irmãs disseram que a primeira casa construída aqui na irmandade foi a do Alexandre II. Ele salvou alguns judeus do campo de concentração. - Presto a atenção no que ela diz. Mesmo que eu tenha estudado quase a minha vida toda, nunca havia lido uma citação a esse Alexandre II. - Depois ele construiu uma segunda casa, a casa antiga. - Olho para ela ao ouvi-la citar a casa antiga, essa estava sendo a qual eu estava ocupando. - Tudo com o suor dos seus braços. - Deixa claro essa parte. - Então por fim, a igreja. Ela e tão antiga que o padre deveria ser um esperma dentro do esperma do pai dele. - Não consigo não evitar o meu ruído de nojo. Ela sorri com a minha careta. - A irmandade tem em média de... - Ela parece fazer uma nota mental. - 60 anos.

- O que vocês andam aprendendo ?. - Sua cabeça balança de uma forma divertida.

- No primeiro dia, aprendi o fato histórico que mudou esse lugar, as milhares de vidas que padre Alexandre II salvou, blá...blá... blá - Pausa. Prosseguindo logo após. - Não é tão ruim quando se está imaginando o que comer no café da manhã. - Ela para, vejo entrar em sua própria mente para buscar o que estava contando. Lembrando ela continua. - Sim. Então, aquela parte em específico e proibida. Nem mesmo as irmãs mais velhas ou o padre vai lá.

- Proibida... - Deixo a frase no ar, aurora sabe que eu estava cogitando.
- Não. Eu já disse. Proibida. Fora que ninguém sabe aonde esse lugar fica. - Reviro os olhos. Aurora sabia que não me convenceria a não ir. - Isso tudo está caindo aos pedaços.

𝗔 𝗙𝗿𝗲𝗶𝗿𝗮  Onde histórias criam vida. Descubra agora