𝕴𝖗𝖒𝖆𝖔𝖘

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Matteo Romaxini


    Acordo em um impulso, que faz com que meu corpo se levante até alguns centímetros do sofá, aperto os olhos de maneira firme, afastando todo o sono e cansaço do meu corpo. Não tinha percebido quando dormi, apenas recordo que estava sobre o sofá. Agora estava acordando de um sono repentino.

Bocejo, alongando corpo. Vou em direção ao banheiro, para me aliviar. Aproveito para um banho queria estar relaxado antes de sair. Vestido, agora com uma blusa, como em todas as vezes de manga longa, encobrindo todas as tatuagens. Coloco o livro no bolso da calça. Caminhando em direção a porta.

Não fiz uma refeição hoje, lembro que terei que passa na cozinha depois que conversar com a freira. Quero mostrar a ela o livro, é tudo o que estava escrito nele.

Passo pelas irmãs, todas me olhavam de maneira estranha como se existisse um ponto de interrogação no meio da minha testa. Ouço cochichos, pareciam fofocar, imagino o que seria. Mais precisava da certeza da freira antes, ou então uma reclamação de alguma madre.

Percebi que a freira estava em uma conversa frenética com uma das madres, não recordo do nome mais era uma das superiores. Vejo uma garota, que não daria mais de quinze anos, observar tudo de longe. Em um abraço solo, usando apenas as suas próprias mãos.
- O que está acontecendo?. - Pergunto, assusto a garota, que eleva o corpo de maneira aleatória. Ela me olha, parecia saber quem eu era, apenas eleva a sobrancelha voltando a focar no lugar que estava olhando antes
- Não entendi muito bem, algo como desobedecer às ordens das irmãs. - Olho para a garota do meu lado, que olhava para freira com o olhar de pena, tão profundo e triste. - Eu sou a bene, Benedita. - Se apresenta.
- Matteo. - Me apresentar a esse ponto seria tosco, todas sabiam o meu nome. Mais achei certo me apresentar.
- É, eu sei. - Seus braços se cruzam, em uma forma defensiva. - Vere vive falando sobre você. - minha sobrancelha se eleva com a menção do nome.

- Vere?. - Ela balança a cabeça, concordando.
- Acho que ela vai ser punida. - Suspira, deixando que seus ombros caiam. - Estefânia nunca briga, quando briga pune por mais de uma semana. - Ela alisa o próprio corpo, virando em minha direção por completo. - O que fizeram dessa vez ?.- Contenho o sorriso, com a sua pergunta. Sua voz sai mais firme do que ela quer mostrar, conseguia uma menina tão pequena, ser tão mandona e autoritária.

- Quantos anos tem ?. - Ela se cala, não responde a minha pergunta.- Você é muito mandona, parece com freira. - Brinco.
- Talvez. - Sorri sem mostrar os dentes. - Mais não me respondeu.
- Nada. - Ela não se deixa convencer.- Gostei de você. Prefiro você do que a vere. - Consigo então arrancar uma gargalhada de sua boca. - Você e menos estranha. - Pisco para ela. - Fica aqui. - Peço, ela fica confusa, pergunta o que eu vou fazer. - Resolver isso. Consigo ouvi-las de longe, qualquer uma aqui conseguia. Pego a conversa na momento certo, percebo que elas citavam sobre a nossa ida a floresta.

- Eu, sei. Madre eu juro que não fizemos nada de mais, só acompanhei ele por ordens do padre. - Tenta se justificar.
- Quero saber o que vocês, dois, estavam fazendo naquela parte. - A freira se encolhe, prestes a responder, Intervenho.

Seguro firmemente no braço da mulher, que estava em minha frente. Ela me olhava de forma assustada. A freirazinha estava tão distante mentalmente, mais o seu olhar se petrificou, com a minha ação.

- Eu sou o culpado por ela ter desobedecido as suas regras idiotas. - Sei que ela estava se referindo a irmos até a floresta, alguma fofoqueira deve ter visto e avisado a mesma. A mulher parecia supressa, por eu estar a defendendo, sem motivo aparente. - Ela só estava seguindo a porra das suas ordens. Então não a castigue se você não for se castigar também. - Solto seu braço. Ela e rápida em me amaldiçoar. Reviro os olhos para o seu momento estética, deixo que ela fique falando, olho para a mulher a minha frente.- Preciso falar com você.
- Me aproximo da mulher , vejo recuar, involuntária. Reviro os olhos para o seu medo, sua atitude é desnecessária. Eu não tocaria nela, principalmente para machucar.

𝗔 𝗙𝗿𝗲𝗶𝗿𝗮  Onde histórias criam vida. Descubra agora