- Como tem passado senhor Matteo ?. - Senhor M conseguia ser bem receptivo sempre em todas as vezes, sem exceção, que eu passo pela entrada dessa mansão. Mas, justamente hoje eu não queria vê-lo. Com total certeza hoje eu não quis ver ninguém. Suspiro assim que entro pelo hall da entrada da incrível e indesejável mansão dos romaxini. - Hoje é o grande dia.
Talvez eu deveria simplesmente, só continuar andando e fingir por um estante que não sou dono dessa casa, mas um simples serviçal.
- Vejo um tom de zombaria em sua voz, senhor M. - Ele permanece sério, o que me lembra que jamais em toda minha vida eu o vi sorrindo.
Senhor M e rápido em apanhar meu sobretudo, o colocando perfeitamente sobre o seu braço, sem o amarrotar.
- Vou mandá-lo à lavanderia. - Concordo. - E aliás eu não queria ofender-lo, senhor.
- Meu irmão já chegou de viagem?. - Vejo seu acenar. - Quando tudo estiver pronto eu desço, não quero estar aqui embaixo quando os desprezíveis do que restou dos romaxins chegarem.
Aviso antes de começar a subir as escadas, na direção do antigo escritório que agora tornei um simples cômodo. Uma simples sala de visitas. Retirando qualquer lembrança de Estevão daquele lugar.
- Ele disse que antes das oito dessa noite ele não estará mais na mansão, então não ficará para comemorar com todos os outros romaxini, senhor.
- Peça a Antonella que suba para que eu a veja antes de ir. - Dito a ordem, piso degrau por degrau. Até chegar ao topo da escada.
- Ela não está aqui, senhor. - Travo no último degrau da escada. Meu rosto se torna sério, minha expressão parece fazer com que o senhor M desperte. - O senhor Lucas veio desacompanhado. E até o momento ela não apareceu na mansão.
- Está bem. - Prossigo. - Ligue para ela e diga que a visitarei assim que conseguir.
- Sim senhor.
Sempre senti satisfação em todo o trabalho que o senhor M nos ofereceu durante anos, não cogito mandá-lo embora por estar sentindo raiva no momento. Afinal, Antonella era a culpada por não está aqui. Não, o senhor M.
Mas eu não demonstraria minha raiva, de nada adiantaria.
***
- Vejo que está ocupado. - Meu irmão esboça seu sorriso assim que me vê passar pela porta da sala de visitas- Alguma moça talvez, ou quem sabe essa viagem o fez ficar assim ?.
- A viagem, confesso que a tempos não me sentia tão bem. Veneza é um lugar lindo. Gostaria de lá se fosse para a sua lua de mel.
Engulo seco, sentindo toda saliva se esvair dos meus lábios.
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𝗔 𝗙𝗿𝗲𝗶𝗿𝗮
RandomA história distorcida entre o passado, presente e futuro fez com que vidas distintas se encontrassem.