Ghost In Your Arms

Capítulo 25

Normalmente, Lyubov ficaria ansioso para passar algum tempo com Lady Dimitrescu. No pouco tempo desde que chegou à aldeia, a Senhora do castelo tornou-se uma espécie de figura materna para ela – fazia-a sentir-se bem-vinda, ajudava-a a sentir-se confortável com o novo eu que tinha descoberto. Claro, não foi sem alguns contratempos ao longo do caminho, mas no geral, a família Dimitrescu foi mais do que complacente, ousaria dizer até amorosa .

Dito isto, ela nunca havia sido alvo da ira da condessa.

E mesmo agora, sentada numa poltrona de couro macio, na penumbra do escritório, em frente à formidável mulher em questão, ela ainda não conseguia dizer com certeza se estava prestes a receber a ira, por si só. Mas Lady Dimitrescu definitivamente os viu no corredor – ela não era tão estúpida a ponto de presumir que a senhora era uma idiota. Mas a expressão ilegível que ela ainda exibia era perturbadora, para dizer o mínimo. Ela teve algum alívio do contato visual ardente enquanto a condessa servia uma taça de vinho para cada um deles - um bom sinal, ela esperava - e ela aproveitou a oportunidade para repassar mentalmente o que poderia dizer.

Obviamente, mentir estava fora de questão. Novamente, Alcina já havia testemunhado suas transgressões. Embora ela desejasse ter a chance de apenas dizer a Alcina que sim, ela e Donna estavam romanticamente envolvidas, em vez de ela pegá-la beijando sua querida irmã no corredor de sua própria casa. Droga .

“Já faz algum tempo, não é?” Alcina disse agradavelmente, lançando-lhe um sorriso caloroso enquanto empurrava a taça de vinho em sua direção. “Minhas desculpas por não nos encontrarmos antes, como você sabe, Madre Miranda nos deixou todos ocupados, infelizmente.”

Lyubov pigarreou sem jeito. “Certamente que sim, minha senhora. Estou feliz por finalmente termos conseguido fazer isso – jantar, quero dizer.”

O sorriso de Alcina cresceu enquanto ela a olhava com um olhar imparcial, os dedos batendo na taça de vinho. "De fato. É realmente maravilhoso que nos encontremos aqui. Se você soubesse quantas vezes no ano passado estendi o convite para Donna, apenas para ser rejeitado. Ela deve ter realmente gostado de você, se concordasse em finalmente deixar aquela mansão dela. Até Madre Miranda teve dificuldade em conseguir tal feito.”

O estômago de Lyubov afundou. “Lady Dimitrescu, eu deveria lhe dizer -”

“Eu já contei a história de como conheci Donna?” Alcina continuou como se Lyubov não tivesse dito uma palavra. “Não é nada tão bom, veja bem. Ela foi a última de nós a se transformar, o lorde mais “recente” a surgir, por assim dizer. Madre Miranda chamou a mim e aos meus irmãos à capela. Você pode imaginar nossa surpresa quando chegamos e encontramos essa mulher mansa e muda e informamos que ela seria o quarto senhor da aldeia. Interiormente, fui cruel e até hoje sou grato por ter segurado minha língua na frente dela. Mas assim que tive um momento a sós com Mãe Miranda, não pude deixar de perguntar por quê . Por que, com todo o poder que é a minha própria forma, eu consideraria esta mulher como algo próximo do meu nível?

Lyubov ouviu com atenção, sem saber para onde essa conversa realmente estava levando. Ela se ocupou com o vinho e guardou as perguntas, pois Lady Dimtrescu não fazia nada sem propósito.

“Só quando Madre Miranda me contou sua história é que eu suavizei e compreendi . Na época eu já tinha minhas Bela e Cassandra, atualmente estava lidando com uma Daniela muito rebelde e novata em sua transformação. Eu vi minhas meninas chegarem ao ponto mais baixo e trabalharem para chegar a algo verdadeiramente notável. Toda a sua dor e angústia os alimentaram para serem melhores, auxiliados em seu poder, quando usados ​​da maneira certa. Donna não era tão diferente nesse sentido – ela havia passado por seu próprio inferno pessoal, e agora, com a ajuda de Mãe Miranda e eu, sua irmã mais velha, iríamos tirá-la daquela concha e ela floresceria em algo inimaginável, apenas como todos nós fizemos.”