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Ciumento

Personagem: Ranpo Edogawa
Bem School vibes
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-Vamos para casa?- Escutei a voz dela vindo de trás de mim- Temos apenas que esperar a S/N sair da sala não é?
-Então vamos buscá-la logo! Eu quero comer os doces que compramos hoje!- Exigi
Nas sextas eu, Yosano e S/N íamos até a praça, comíamos alguns doces e quando escurecia  íamos para nossas casas, eu esperava a semana inteira por isso já que Fukuzawa não me deixava mais comer doces em casa por que eu colesterol tinha dado pré diabetes, um motivo bobo ao meu ver, e eu sequer podia comer escondido já que Kunikida vasculha a casa todos os dias.
-Que demora!- reclamei- Me leve nas costas Yosano!
-Me deixe ver suas entranhas e eu carregarei com prazer- ela fez uma careta estranha
-De repente me deu uma vontade de andar- contornei o assunto, a obsessão dela por corpos humanos e dissecação as vezes era medonha, minha irmã tinha potencial para ser tanto uma médica quando uma serial Killer.
Não demorou muito para chegarmos até a sala dela, que ficava no último pavilhão da escola. Não perdi tempo assim que vi a porta marrom-avermelhada, eu estava acostumado a abri-la e encontrar S/N escrevendo as lições, já que as mãos dela tinham velocidade semelhante a uma jabuti com sono.
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Ranpo levou a mão a maçaneta da porta, e a destrancou facilmente, logo entrando na salinha.
-S/N-CHAN EU Vim...- o voz dele começou alta mas aos poucos foi sumindo, dando espaço para um rosto confuso e fechado.
Yosano ficou curiosa e seguiu o mais velho, entendendo logo o motivo do silêncio repentino.
Você estava sentada em sua cadeira, copiando a atividade da lousa, havendo apenas três  problemas, a pessoa que estava com você, e onde essa pessoa estava, e o mais grave de todos onde você apoiava o caderno para escrever.
-Barulhento como sempre Ranpo-Kun- o garoto de pouco mais de dezessete anos soltou uma risadinha enquanto usava seu fino pente para puxar seus cabelos entupidos de gel para a lateral.
Mushitaro Oguri estava sentado na sua mesa e seu caderno estava apoiado na coxa dele. Ranpo mordeu os lábios com força, procurando palavras para questionar aquela- na opinião dele é claro- vulgaridade, mas sua língua parecia estar grudada na boca, o que era um fenômeno raro, já que geralmente as pessoas não conseguiam fazer ele parar de falar.
-Estamos atrapalhando alguma coisa?- Yosano perguntou em tom de brincadeira.
-É, estamos atrapalhando?- O tom de Ranpo era frígido quase palpável.
-Apenas conversando, ele me contou uns casos criminais interessantes a aula toda e eu acabei me distraindo, mas agora já terminei de escrever- Você sorriu.
Não era burra, sabia que Ranpo estava zangado, só não entendia a razão disso.
-Você quer que eu te acompanhe até em casa? Está cedo, então não vai ser um problema- Mushitaro se ofereceu
-Ela não quer!- Foi Ranpo quem respondeu- ela já tem companhia!
Mushitaro ponderou se diria a Ranpo "eu estou falando com ela, não com você" acabou decidindo que não queria ter a dor de cabeça de discutir com o outro garoto.
-É verdade que tenho companhia pra voltar pra casa hoje, quem sabe na segunda?- Você respondeu.
-Certo, segunda então- Ele desceu da mesa- qualquer coisa me liga
O jovem caminhou com o seu jeito excêntrico, ainda repartindo os cabelos.
-Ele tem um jeitinho gay, vocês não acham?- Yosano brincou.
[...]
Ranpo ficou de cara fechada metade da tarde, já que você estava falando junto com Yosano sobre Mushitaro, sobre como ele usava Chanel n°5 nas aulas de educação física ou sobre como o cabelo dele sempre estava cuidadosamente arrumado, o desgosto do jovem era tanto que ele sequer tocou nos doces.
-Vamos chamá-lo próxima sexta!- Yosano propôs.
Era obviamente uma provocação
-Sim!- você concordou
-De jeito nenhum!- Ranpo brigou.
O olhar de Yosano imediatamente se tornou uma mistura de diversão e malícia "bingo, vai ser hoje!"
-Por que não- ela perguntou
-É Ranpo, porque não?
-Porque ele é um atirado, um exibido, você não viu como ele estava na sua mesa? Ele se porta como se fosse uma bolinha de gude no litro de refrigerante! Eu não gosto desse jeito dele, simples assim- Ranpo cruzou os braços.
"Eu não gosto dele perto de você" Foi o que você e Yosano entenderam.
-Deixa de ser bobo, esse é o jeitinho dele- você passou o braço pelos ombros de Ranpo
-Jeitinho de puta- o palavrão escorregou pela língua dele, certo, ele estava de fato bravo.
-Eu vou comprar um...delineador bem ali na avenida e volto rapidinho- Yosano inventou uma desculpa.
-Compra amanhã!
-Não posso, tem que ser hoje, amanhã vou estar com preguiça, cuide do meu irmãozão S/N- Yosano piscou para você.
-Ei, desfaz essa cara- Você o balançou
Ele estava de braços cruzados, bochechas infladas e olhava para qualquer outro lugar que não fosse você.
-Vai chamar ele pra vir?
-Só se você continuar se negando a olhar pra mim- a ameaça funcionou, ele olhou na sua cara é uma lâmpada se acendeu sob a cabeça dele.
-Fizeram isso de propósito não é?- Ele piscou os olhos algumas vezes- você é uma falsa e a Yosano é uma traidora, vou raspar o cabelo de vocês!
-Hmmm, é vingança, se lembra de quando eu te levei naquele encontro, e depois você me abandonou sozinha com o seu pai pra eu pedir sua mão? Então, o constrangimento foi tão grande que nem eu e nem ele dissemos uma única palavra por quase meia hora- Você revelou.
Você não conseguia descrever a feição que ele fez, e não podia prever a atitude dele, mas te deixou sem dúvida surpresa, já que ele simplesmente passou a mão no glacê do bolo que estava ao lado dele na sua boca e em seguida lambeu seus lábios.
Tal ato te vez ficar estática, catatônica, não sentia nojo do que ele havia feito, mas toda coragem que tinha reunido para causar ciúmes nele havia caído por terra, sentiu suas pernas enfraquecerem imediatamente.
-Dois podem jogar esse jogo, minha vingança será dolorosa!- ele passou a mão por sua cintura.
-Eu capo você, se uma menina sentar na sua mesa!- Você ferveu  de ciúmes só de imaginar a cena- me resta! Lá na minha terra as mulheres brigam de facão!

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N/A: Vocês são ciumentas(os)(es)?