Ange ou Demon +16

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Personagem: Fyodor Dostoiévski
Avisos: Capítulo mais doce,  pra sair da vibe triste do último imagine.
Ange ou Demon- inspirado num perfume da marca Givenchy
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Passar o final de semana no sítio era uma opção boa e revigorante, tanto para quem é super ativo quanto para quem não gosta de fazer nada, eu jogava no time de quem não queria fazer nada, ficar parada existindo, ou até dormindo parecia uma opção ótima para mim.

-preguiça mata e é pecado, sabia disso?- Meu amigo ditou em tom de brincadeira.
Fyodor estava sentado do outro lado da varanda, hora lendo um livro,  hora olhando para mim.

-quer falar sobre pecado comigo? É sério?- arqueei a sobrancelha- e não é como se eu tivesse sem fazer nada a tarde toda, eu nadei um pouco!

-Uhum, e se sentou encima das almofadas do Fukuchi-Dono pra molhar elas só de pirraça?- ele fechou o livro e se levantou.

-planejo colocar a culpa no Kolya mais tarde- revelei.

O sol não estava fraco, mas não era incômodo, até porque o tempo estava mais friozinho e eu era a única doida que tinha coragem de ficar em um biquíni úmido assim. Observei calmamente os passos que ele deu até mim, tentava decifrar aquele homem em minha frente, mas não importa o quanto eu pense, não chego a conclusão nenhuma.

O cabelo escuro dele parece um pouco maior, a pele pálida dele parecia reluzir a luz, assim como os olhos vermelho-arroxeados, ele para em minha frente, exatamente entre minhas pernas e me encara, dessa distância consigo sentir o cheiro adocicado do perfume dele, Ange ou Démon pois os amadeirados eram fortes demais pra alguém alérgico, e como ele gosta de andar cheiroso, teve que optar por perfumes femininos frutíferos, o algumas vezes era motivo de alguma piada feita por Fukuchi ou Nikolai.

-ainda tá chateada?- a mão direita dele tocou meu rosto.

O toque era delicado quando feito pelos dedos, mas assim que colocou a palma da mão em meu rosto senti áspero, já que a mão estava enfaixada, ele se machucou tão miseravelmente que perdeu no parte da pele daquela mão, fazia um mês, ele já estava bem melhor.

-Pelo quê?- fui sonsa o suficiente para questionar

-por ontem, Anjo- ele fez uma pausa dramática demais pra o meu gosto ao me chamar de "anjo"

-eu deveria, você foi um demônio comigo, pra sua sorte minha raiva passa rápido- mordi a bochecha.

Ele deu um sorriso que não deveria ter saído, mas ele não conseguiu disfarçar. O polegar dele acariciava meu queixo, ele sutilmente deslisou a mão para meu pescoço, e parou ali, sugestivo.

-então vai me dar um beijo anjo?

Eu queria dizer "não" queria mesmo, só que o instinto do meu corpo foi tão forte que o que saiu da minha boca foi "vou", céus, eu sou tão burra, e ele vai esfregar  isso na minha cara a qualquer momento.

Ele deu um aperto leve no meu pescoço, a ponto de me fazer respirar com dificuldade, eu chutaria ele da minha frente se fosse outra pessoa, infelizmente, ele conseguia me fazer submissa nessas horas.

Ele tirou a mão do meu pescoço e sentou do meu lado, tínhamos uma diferença de altura relativa, só que tá mais fácil beijar ele estando sentada, ele sempre reclamava do dor no pescoço quando estavam em pé.

A respiração quente e calma dele estava próxima da minha, e sem nem perceber eu já estava de olhos fechados sentindo o primeiro selar dele na minha boca, era simples, só pra me provocar, e conseguiu, porque eu o puxei pela camisa e o beijei de verdade.

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