Obsceno +18!

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Personagem: Ágatha Christie

Lésbicas futuristas vocês estão presentes?

Feliz mês do orgulho para todos os seguidores LGBTQIAP+, um beijo na boca de vocês meus amores ❤️ (sim eu sei que meu público é colossalmente parte da comunidade e alegra meu coração conseguir juntar tantas pessoas aqui, uma amiga minha disse que veio ler e se deparou com a parada gay nos comentários, amo vocês, o livro tá fazendo 30k, e esse é meu livro mais lido em toda a minha história como escritora em plataformas online, que já soma mais de cinco anos aí de carreira, com algumas que são vergonha alheia e outras que são boas, mas enfim, divirtam-se)

Fato curioso: Eu coleciono livros da Agatha Christie e meu favorito é assassinato na casa do pastor

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-minha filha, estamos fazendo isso para o seu bem, na faculdade vai aprender a gostar de coisas mais femininas- a matriarca da família disse com um sorriso mais falso possível

Mas você não podia julga-lá, afinal já tinha quase vinte anos e não se portava igual a bonequinha que ela queria que você fosse

-mãe, a senhora não está me mandando para uma faculdade, tá mais pra internato! Lá eles vão controlar quantas horas de sono posso ter, o quanto posso mexer no celular e até se depilo os braços!- você cruzou os braços em desaprovação

Seu pai não tinha muito o que argumentar, nem que ele quisesse o faria, afinal as últimas palavras eram sempre de sua mãe, do contrário, ela surtava. Era legal que eles estivessem pagando uma faculdade para você, o problema era que ficava no interior e realmente mais parecia um internato, o tipo de lugar onde se você se expressasse, teria todas as suas raizes e criatividade cortadas para se adequar ao padrão capitalista e social da figura feminina perante a sociedade (igual qualquer escola no mundo)

A decisão havia sido tomada em menos de um mês, quando descobriram que você estava muitos próxima de um amigo envolvido com o movimento, e que talvez, só talvez, estivesse usando algumas coisas com ele.

Honestamente Michizu Tachihara era uma péssima influência, mas não tinha muito o que fazer quanto a isso. Sua mãe chegava a arrancar os cabelos de raiva só de pensar que você e ele estavam amiguinhos demais e no que acontecia quando estavam sozinhos, você não poderia culpá-la, ele era legal, bonito e não prestava, assim como a maioria das amigas bonitas dele, você agradecia aos céus que sua mãe apenas desconfiava do que você fazia com Michizu sozinha na casa dele. 

-aqui sua filha encontrará um futuro, longe das más influências, eu cuidarei dela como cuido das outras garotas, como se fossem minhas próprias filhas- a diretora revelou

Era uma mulher de talvez quarenta anos, era bem alta e tinha uma constituição perigosamente magra demais para aquela altura, seus cabelos longos presos em um coque impecável até demais, seus olhos eram escuros e sua pele pálida, sua expressão séria não era convidativa ou gentil, aquela mulher deveria ter sido sargento do exército em algum momento de sua vida, se não fosse, um dia seria.

Você não se deu ao trabalho de se despedir de seus pais, apenas os observou ir embora da sala

-Esta universidade privada para mulheres existe a mais de cem anos, foi a primeira universidade feminina japonesa, formamos diversas mulheres notáveis para a sociedade e mantemos nossos status alto, nossas alunas são prendadas e resilientes, tenho muitas expectativas em você- ela falou olhando em seus olhos- mas nós temos regras

Você já esperava que sim, elas tinham um uniforme, que tipo de faculdade tinha uniforme?

-O toque de recolher é às nove, os portões dos dormitórios também se fecham nesse mesmo horário, as nove e dez se inicia a revisão dos quartos, eu inspecionarei todos pessoalmente, o horário das aulas é às oito e meia, mas todas devem se levantar às seis, tomar café as seis e meia e banho às sete, o horário de término das aulas é relativo e depende do curso, a biblioteca está sempre livre para ser utilizada, basta pedir permissão e poderá ficar nela após o toque de recolher, são proibidos o uso de quaisquer aparelhos eletrônicos durante o período de aulas e após a meia noite- Ditou ela não mais como uma sargento e sim como uma general- seu quarto é o número 15 do prédio a, no terceiro andar, dirija-se até ele e se dê bem com suas colegas

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