Moleque (Parte 1)

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Personagem: Chuuya Nakahara 
Esse imagine vai ser um pouco mais longo e vai ser dividido em duas ou três partes (fé em Deus que eu posto a parte dois na semana que vem)
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Crescer nas ruas nunca foi fácil, o estômago doía de fome, precisava dormir ao relento, o único calor que não o fazia congelar nas noites frias vinha dos corpos das outras crianças que se encontravam na mesma situação que ele, ele ficou tanto tempo na rua que as vezes nem se lembrava de algum dia ele já teve uma casa

A situação só foi mudar quando ele conheceu um outro garoto que tinha a mesma sua mesma idade, eles não se davam bem, mas o responsável pelo outro garoto estava interessado em ajudar Chuuya de alguma forma, os meses iam se passando e a convivência entre os dois garotos ia ruim, Chuuya precisava morar com outra pessoa urgentemente, foi então que o senhor Mori arranjou uma pessoa para tomar conta dele

-Escute garoto, você não pode chegar em casa desse jeito- a mulher reclamou- agora que saiu da rua vai pra escola, tentar ser alguém, gente como eu e você só tem essa opção pé tentar viver um pouco melhor e quem sabe engordar no final do dia, e não se mete mais em briga com aqueles meninos, você sabe nem de quem eu tô falando, rico é rico e pobre é pobre, essa é a linha que nos separa deles, ela  é grossa e espinhosa, mantenha isso em mente e viverá muito

Ele deu o máximo de si para cumprir a promessa que fez com ela naquela tarde, tentou mesmo, mas era complicado, ele odiava todos aqueles mauricinhos que olhavam pra ele de nariz empinado. Chuuya morava perto do porto, haviam algumas escolas por lá, uma delas era caríssima, e atravessando a rua estava uma escola pública de qualidade duvidosa, toda vez que saia da escola com as mãos no bolso, cercado de alguns amigos que talvez tivessem o pavio tão curto quanto o dele, as vezes, os babaquinhas vinham de conversa e Chuuya dizia ser: um homem de verdade que não arrega pra ninguém.

Mas aquela tarde foi especial, as eletivas haviam acabado por volta das duas horas, mas ele permaneceu na escola esperando seu "aminimigo" já passava das quatro horas, Chuuya não estava irritado, o clima estava fresco, era primavera, o céu estava brilhando aqueles tom fraco de azul, logo se tornaria amarelado e rosado como sempre fica nos finais de tarde da primavera

-acelera Dazai, eu tenho o que fazer! Eu sempre soube que você era uma lesma disfarçada!- o ruivo reclamou e bateu o pé no chão com força o suficiente para assustar o outro jovem

-eu já tô indo cara, espera aí!- o outro jovem bufou e ignorou a comparação

Osamu Dazai tinha a mesma idade de Chuuya, estavam na mesma classe e moravam no mesmo bairro, em casas vizinhas, eles acabavam indo para a escola juntos e voltando juntos- não que Chuuya ou Dazai gostem dessa ideia, mas eles sempre acabavam se encontrando no caminho- o atraso de hoje era porque Dazai havia comprado um buquê que amassou, ele planejava conquistar uma garota da escola com ele

-já te avisei que essa merda aí vai murchar- Chuuya apontou o óbvio

-é claro que não! O poder do meu amor não vai permitir uma desgraça dessas acometer a minha ardente paixão por uma dama tão bela e gentil!- Dazai dramatizou da forma que só ele sabia fazer

-Ela só te emprestou uma caneta, coisa que qualquer pessoa no mundo faria!

-mas você não entende Chuuya, o jeito que ela olhou nos meus olhos, tão apaixonada por mim, eu tento controlar mas o meu charme desperta isso mas garotas

-você é um imbecil, agora vamos embora- Chuuya agarrou Dazai pela gola do uniforme e o arrastou

A diferença de altura entre os dois era notória e superior a vinte centímetros, mas, estranhamente, Chuuya era quem mais tinha força, então vê-lo arrastar o outro pelos lugares não era algo novo

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