Ovelha e tigre (+18)

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Personagem: Atsushi  (chegou a vez deleee)
Gente, confesso que fiquei bem nervosa escrevendo esse capítulo, porque como todos sabemos o Atsushi tem uma vibe super Tchola passiva, então eu estava preocupada, mas como tive coragem de postar o do Sigma (que teve reações positivas para minha surpresa) eu postarei esse, espero que gostem, eu fiz esse capítulo inspirado na capa de um livro que ganhei recentemente, mas enfim, boa leitura.

Obs: Essa história se passa em uma estética antiga, eu decidi que em 1800.

Tô fazendo um do Dazai (que foi pedido) e pensando em fazer um do Kunikida ou do Tachihara, o que vocês acham?
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Era final de tarde, motivo de alegria para o jovem garoto de olhos bicolores, ele dormiria na sua casa, diferente das outras noites, poderia ficar sozinho com você em seu quarto, sem que a governanta da casa ficasse de guarda, tal qual um cão pastor que vigia a frágil ovelha das mandíbulas maldosas do terrível tigre

Vocês dois se encontravam no quintal de sua casa, morar no interior do Japão , muitas vezes significava que as casas eram longe umas das outras, a casa da nobre família Fukuzawa, ficava a pouco mais de quatro quilômetros da sua, Atsushi era um dos filhos adotivos do grande senhor daquelas terras, e ele andava bastante para vê-la, a amizade inocente que se formou na infância uniu as famílias, as sextas ele ia para sua casa a tarde, passada o sábado e domingo, e ia embora bem cedo para a casa dele na segunda, geralmente vocês dois dormiam em quartos separados, ou na sala, sob a supervisão dos olhos de águia.

Mas naquela semana, sua mãe havia adoecido, precisava de supervisão dia e noite, não era nada sério que colocasse em risco a vida, mas seu pai era um homem muito preocupado, e como ele estaria aquele final de semana fora, a governanta era a única que ele confiava 100% para cuidar da senhora da casa.

-eu gosto do cheiro do seu perfume- ele confessou com as bochechas avermelhadas.

-se gosta tanto, compre um para você- seu tom não foi grosseiro, apesar de ter parecido, sua voz soava doce.

-não posso, afinal que desculpa eu darei para me aproximar de você assim?- ele estendeu uma das mãos, e afastou seu cabelo para trás- eu poderia passar um bom tempo só assim.

Ele aproximou o rosto da curvatura de seu pescoço e cheirou ali profundamente, sentindo seu perfume se entranhar no cérebro dele, era um efeito quase que hipnótico.

Ele queria gravar você por inteira na mente dele, era algo fácil de notar, ele estava obcecado por você, era a única coisa pela qual ele se interessava ultimamente, aqueles livros que os irmãos e o pai dele traziam da cidade deixaram de ser complexos, ele podia se aprofundar mais em você do que nos livros, as bebidas não tinham um gosto bom como você, os quadros caros da casa dele não eram nada interessantes se comparados aos seus olhos.

-sua nana está dentro de casa...podemos ir ao rio- ele te convidou- vai ser rápido, o dia está quente mesmo.

O dia nem estava tão quente assim, era só uma desculpa esfarrapada dele, você então fingiu-se de tola e concordou. Vocês dois não entrariam na água, até porque vez ou outra, alguns animais perigosos apareciam, então apenas caminhariam sob a margem.

O vento soprava um ar gelado, ia chover, o clima quente era um prelúdio de uma poderosa chuva que cairia sob as cabeças de todos, escorreria pelos telhados, regaria as plantações e molharia os animais. Ele caminhava ao seu lado, observando seu vestido, ele mesmo havia costurado delicadamente aquela curta peça branca, ficava delicado em você, o decote era cuidadosamente pensando para apertar ao máximo, o jovem Atsushi não era tão inocente quanto parecia ser, e boa parte disso era culpa sua.

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