Capítulo 21

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UMA SEMANA DEPOIS...

Imaginava que o curso de moda poderia ser mais simples ou mesmo fácil, mas já não aguentava mais quebrar a cabeça estudando isso! Por outro lado, tinha um grande dilema a lidar: onde conseguiria um emprego nesse ramo? Teria outro trabalho, do qual teria de me esforçar para achar emprego na área.

Emma e Cassie estiveram ao meu lado durante todo o tempo disponível, mas tive que aguentar ouvir algumas verdades vindo de Emma, assim como também foi mais do que essencial para o processo da cura, já que o mesmo se iniciou a partir do momento em que enxerguei meus erros e apegos.

Ao longo da semana, decidi mudar algumas opiniões formadas que tinha dentro de mim, um longo processo de compreensão foi feito. Durante todos os dias, minha saudade por ele se tornou inegável, e cada vez mais sentia dificuldade de mantê-la só para mim, o que me instigou a fazer uma ligação. Não sabia se seria certo, já que ele queria um tempo... de mim, mas sabia que não podia mais guardar aquelas palavras e sentimentos.

Sem nem pensar duas vezes, em uma quarta-feira, o liguei...

— Oi... Thom — digo com a voz falhando — sou eu, você sabe... Clark.

— Oi.

— Precisava falar com você, não consigo mais guardar meus sentimentos — desabafo.

— Fala aí — diz seco.

A maneira seca que ele me respondia me desanimava...

— Me desculpa por tudo... preciso de você, Thom...

— De novo isso? Eu quero ficar sozinho, Clark.

Dizer isso com certeza foi o pior que ele fez. Havia me sentido humilhada, talvez rejeitada... o que me fez entender que seja lá o que já tivermos no passado, havia acabado. Quando ele disse que queria ficar sozinho, também havia me dito que não queria minha companhia, que foi um soco no estômago.

E eu... só podia fazer uma coisa... seguir em frente. Depois desse dia passei a entender a finalização de tudo isso, e comecei a superar.

Mais uma sexta chega, e com ela o maldito movimento no bar. E havia acabado de completar uma da tarde. Atendo um homem que pede uma cerveja e lhe entrego o troco. Depois que ele sai, a moeda que ainda segurava na minha mão escorrega e cai no chão, e, por consequência, me abaixo para pegar a mesma.

Odiava quando isso acontecia, porque as moedas rolavam para debaixo do balcão, e eu tinha que escorregar a mão por debaixo para pegar, e minha coluna já não estava mais tão boa assim.

Quando acho a moeda, tomo um susto ao ouvir a voz que conhecia perfeitamente.

— Tô vendo que sua coluna tá muito boa...

Me levanto abruptamente, sentindo meu coração acelerar pela sua visita inesperada, e guardo a moeda.

— Na verdade, agora está doendo — digo um pouco sem graça.

— Cê tá de boa? — pergunta desinteressado.

— Tô — respondo no mesmo tom.

— Quero uma dose de tequila, por favor.

Ajo profissionalmente, e depois de realizar o pagamento, peço a alguém na cozinha para colocar, e espero com a mão por debaixo da janelinha. Quando entrego o pequeno copo de shot a ele, ele bebe tudo de uma só vez e deixa o copo de volta na mesa antes de ir embora.

Cassie, que estava limpando uma das mesas, havia visto tudo. Quando ele saiu, ela se aproximou...

— Você está bem, princesa?

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