Capítulo 22

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A ficha ainda não havia caído; por momentos e momentos, me pegava pensando sobre nós. Quando cheguei em NY, pensei sobre tudo o que sonhava alcançar e em tudo o que não queria que acontecesse. Me apaixonar foi uma delas. Sonhava em continuar a faculdade e só pensar em amor depois de finalizá-la, mas, mais uma vez... o destino disse: 'Não é você quem decide tudo, Clark.'

— Amor, e o que você acha? — Me mostra um tablete de queijo branco.

Olho o preço e quase infarto.

— Ai meu deus?! Tem ouro nisso?

— Você é dramática, sua mãe já te disse isso? — pega mais dois tabletes do mesmo queijo e coloca no carrinho.

— É você que vai pagar isso, pode ter certeza.

— Sim, Naomi, sou eu — solta um riso — e olha... não é caro, é de boa qualidade.

Chego em casa e saio indo diretamente ao banheiro, mas, assim que chego na porta do mesmo, ele me para, segurando minha mão, me puxando.

— Clark — me olha profundamente.

— Tá... tudo bem?

— Eu sei que já disse isso, mas eu vou dizer de novo, porque eu não quero que você esqueça, entendeu?

— Ai meu deus, para de drama, só diz — digo rindo.

— Senti sua falta — sua expressão muda rapidamente para uma expressão de tristeza.

— Assim como eu... e você sabe, e como sabe... — mordo o lábio inferior.

— Eu vou fazer isso dar certo, entendeu? — Segura em meu rosto com uma delicadeza impecável.

— Vamos fazer isso juntos, e eu... também prometo ser um pouquinho melhor — rio timidamente.

Um silêncio paira no ar, e o olhar de Thom persiste profundamente nos meus. Como poderia descrever esse momento? Era indecifrável e único. Sentia minha alma dançar sobre a sua em perfeita harmonia... Sentia que poderia ficar ali em pé em sua frente, o olhando nos olhos, sem dizer uma palavra sequer. Me sentia em casa de novo. Minha alma se sentia confortável.

Vejo sua boca se esforçar para tentar dizer algo, e eu não o impeço... em desistência, o vejo deslizar logo em seguida um dedo sobre meus lábios, o apreciando com o toque e agora com os olhos... Era impossível não notar sua paixão! Tudo nele transmitia esse sentimento... O toque, os olhos, a energia, o jeito que tentava dizer uma palavra, mas, se sentia abraçado o suficiente naquele silêncio que jamais tentaria o impedir.

Estávamos nos conectando em alma. Estávamos?

— Não consegue, não é? — me atrevo a quebrar o perfeito silêncio.

— Não, não consigo — abre um sorriso de lado — esse momento é perfeito demais pra cortar.

Sim, estávamos. Não precisei dizer sobre o que estava perguntando para fazê-lo entender.

E foi nesse momento que percebi que ele me inspirava a ser uma maldita romancista apaixonada. Seguro seu rosto com a mesma delicadeza que ele segurava o meu e aproximo meus lábios.

O beijo mais amoroso que experimentei em minha vida se iniciava em uma perfeita harmonia. Uma sensação indescritível de paz tomava minha alma, e eu me perguntava... como alguém seria capaz de despertar tantos sentimentos em outro alguém?

Cada vez mais achava o amor como a razão de tudo de mais bonito existir.

Sem nem querer, paro o beijo.

— Preciso ir, e vê se não demora com a comida, Senhor Miller. — Faço ironia.

— Hum... vou ver o que posso fazer, princesa — abre um sorriso sarcástico.

Tomo o banho mais demorado enquanto relaxo. Depois de me vestir confortavelmente, me sento na cama. O cheiro forte da comida pairava no ar, e estava ansiosa para saber o que ele tinha preparado para nós, mas, ao mesmo tempo, me sentia tão cansada que a vontade de ficar deitada aumentou.

Aquele trabalho estava acabando comigo.

Fecho os olhos enquanto deito minha cabeça no travesseiro com a intenção de descansar por alguns minutos, mas tomo um leve susto quando sinto beijos leves sendo selados em meu pescoço.

— Tá cansada, eu sei... Mas, você precisa comer, minha princesa.

— Uhum — murmuro.

Sou pega de surpresa quando ele me carrega.

— Thom! Eu consigo andar, me coloca no chão — clamo.

Calado, continua me levando até a cozinha. Depois de me colocar sentada na cadeira e igualmente se sentar, ele abre o vinho e despeja sobre nossas taças. Era um perfeito risoto. Nunca apreciei tanto uma comida como essa.

Todo o jantar foi silencioso, e assim que termino de comer um pouco depois dele, me levanto e levo os pratos para a pia, mas, antes que pudesse lavá-los, ele me impede tomando a bucha da minha mão.

Não questiono e deixo. Volto a me sentar na mesa enquanto o observo carinhosamente. Quando ele termina, se dirige até mim, e eu me levanto. A noite vai terminando aos poucos enquanto assisto uma série aleatória com ele ao meu lado. Estávamos deitados na cama. Vou sentindo sono.

— Dorme bem, minha Clark — Diz baixinho e deixa um beijo em minha testa.

Nosso casal ficando cada vez mais apaixonados, e por aqui paira somente amor e uma boa paz, e ai? Como é que está? Vejo vocês em breve. Fiquem com Deus, meus amores. 🤍

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