Capítulo um - REPOSTANDO

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REPOSTANDO OS CAPÍTULOS UM E OITO À PEDIDO DE ALGUMAS LEITORAS QUE NÃO CONSEGUIRAM LER ATÉ O FINAL. ME AVISEM SE DER O MESMO PROBLEMA! BEIJOS

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Capítulo um.

- Me passa aquela cerveja! - David ordenou.
- Lembre-se que eu não sou sua empregada.
- Vá logo! - revirei os olhos, respirei, levantei e fui até a mesa que se encontrava mais distante.
Peguei a bebida e levei até David. Ele estava deitado no capo do carro, fumando. Entreguei a ele, e quando me virei para voltar novamente para o lugar onde eu estava, ele me puxou, me fazendo sentar ao seu lado. David se ajeitou e abriu a garrafa de cerveja. Tomou uns goles e se virou para mim.
- O que você tem hoje gata? - Ótimo, pela primeira vez David pergunta qual é meu problema.
- É tão difícil perceber?
- Se fosse fácil eu não perguntaria. - ele soltou uma risada irônica.
- Você me trata como se eu fosse uma qualquer! Umazinha igual a Rachel.
- Ei! Eu estou com você. Deveria agradecer por isso. - David me deu um beijo no pescoço. - Esse é meu jeito de tratar as garotas que eu fico.
- Poderia se esforçar só um pouco para me tratar diferente! - Ele se levantou e se posicionou na minha frente, fazendo com que seu corpo ficasse preso em minhas pernas.
- Já falei que esse é meu jeito, não gosta? - Ele não deixou que eu respondesse. - Vá embora.
- Não quero ir.
- Então não reclame, ok?
Apenas virei um pouco o rosto para o lado. David é um grande idiota, mas seu jeito maldoso, bad boy, canalha, é seu maior charme. Ele tem dezenove anos, alto, não é muito musculoso, mas também não é um magrelo, tem olhos castanhos, que combinam muito bem com seu cabelo castanho. Estamos juntos à dois meses, muito mais do que ele costuma ficar com outras garotas. Mas claro, ele sempre apronta. Carie, minha melhor amiga, me alerta desde o início de que David não é bom, e que sempre da em cima de milhares de garotas quando não estou por perto. Porém, por mais que eu tente terminar com David, eu não consigo. Falta coragem. No último relacionamento mais duradouro dele, que foi com Rachel, ocorreram boatos que ele deu uma surra daquelas quando ela tentou romper o namoro. E esse é meu maior medo. Jamais teria me juntado com ele se soubesse sobre isso. Mas assim que me mudei pra essa escola, ninguém me falou nada. Uma semana depois de ficarmos, eu passava pelos corredores apenas observando cochichos e olhos assustados direcionados para mim.
- Ei ei ei, não fica assim não gata. - David colocou a mão no meu queixo, virando minha cabeça de frente para a sua.
Aproximou nossos lábios e me beijou. Seu hálito cheirava a bebida. Aprofundou um pouco mais o beijo, percorreu uma das mãos pela minha coxa, a levantando um pouco, e me puxando para cada vez mais perto de seu corpo. Estávamos na garagem da casa dele, os pais de David não paravam em casa pra nada a não ser dormir, pelo o que eu sei, eles são donos de uma rede de posto de gasolina, sempre estão em viagens, reuniões, e essas coisas. Muita gente coloca isso como motivo principal da maneira em que David age, rebelde, só vive bebendo e se metendo em encrencas. Interrompi o beijo.
- Eu tenho que ir. Já são perto das duas da manhã, se meus pais descobrem eu to ferrada.
- Que saco! Quando é que você vai ser dona do seu próprio nariz. Parece criança.
- Falta pouco para eu fazer dezoito anos, depois eu estou livre. - dei um selinho rápido nele e me levantei. - Vou nessa.
- Você vai vir amanhã que horas?
- Perto das três da tarde.
- Tá. - David me deu um beijo rápido. - Quer que eu te leve para casa?
- Não precisa, eu vim de bicicleta.
- Bicicleta? Você veio de bicicleta?
- Sim, o que tem demais? - Ele riu alto.
- Aiai, a cada dia que passa você me surpreende mais.
- Cala a boca. - Dei mais um beijo nele e abri a porta da garagem e sai.
Subi na bicicleta e sai de lá. Pedalei o mais rápido que eu conseguia. Até por que, o que uma garota de apenas dezessete anos estaria andando sozinha, às duas da manhã pelas ruas. É pedir para morrer. Minha casa ficava à apenas alguns quarteirões da casa de David. Desci da bicicleta e fui andando o resto do caminho. Olhei para a casa ao lado da minha e haviam luzes acesas. Ótimo, novos vizinhos! Era tudo o que eu queria agora. Se forem iguais os de antes posso garantir que minha liberdade acabou. Eles eram extremamente fofoqueiros, sempre quando me viam chegar tarde iam correndo contar para meus pais no dia seguinte, e isso resultava em um longo castigo. Passei pela casa em silêncio para não dar chance de chamar atenção. Fui pela lateral da minha casa e larguei a bicicleta ali mesmo. Abri a porta dos fundos e entrei. A casa já estava em um completo silêncio. Subi as escadas e fui para meu quarto. Tranquei a porta e tirei a roupa. Coloquei meu pijama e deitei na cama. Dormi feito pedra.

Desejos Proibidos - Livro 1 [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora