CAPÍTULO 20

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Dormia abraçada ao meu marido, sentindo seu perfume e toques sutis em meus cabelos, com as carícias de que gostava muito

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Dormia abraçada ao meu marido, sentindo seu perfume e toques sutis em meus cabelos, com as carícias de que gostava muito. Estava tudo completo com ele ao meu lado. Ter ido dormir sozinha noite passada, só não ficou tão pesaroso porque coloquei meu mini-Pietro comigo. Se não fosse meu filho eu certamente teria chorado a noite toda.

No entanto, ao amanhecer, meu marido estava em sua poltrona, dormindo com uma expressão bem mais tranquila do que a de antes. Fiquei um bom tempo admirando seu rosto bonito, antes de colocar Gabriel no berço e ir acordar o homem que me tem em suas mãos.

Após uma breve conversa, conversa essa que deveríamos ter tido antes dele sair da forma que aconteceu, notei que estava querendo matar saudade do filho. O que já era para esperado. Segui para o banheiro, a fim de tomar um banho e me preparar para mais um dia. Hoje, levaria meu menino para pegar sol no jardim por um curto tempo, a fim de familiarizá-lo com sua casa.

Entrei no banheiro e a primeira coisa que vi foram as roupas de meu marido, jogadas em qualquer canto no chão. Pietro não é um homem bagunceiro, muito ao contrário, seu lado no closet é bem mais organizado que o meu, então constatei que deveria ter bebido o suficiente para perder a noção do que fazia.

Peguei suas roupas, seguindo para o cesto, mas um perfume diferente chamou minha atenção. Era feminino. Senti um aperto no peito, tentando controlar minha cabeça pelo que poderia ter acontecido. Será que ele foi atrás de Helena? De alguma prostituta? Ou simplesmente andou por aí e acabou encontrando uma mulher para se divertir?

Pietro é um homem muito viril. Mesmo comigo grávida, transávamos sempre que tínhamos oportunidade. E antes da minha gravidez, quando eu ainda era só sua puta exclusiva, transávamos uma madrugada inteira, sem o homem sequer ficar exausto no fim. Por certo, esses quase dois meses sem termos sexo com penetração e ainda nossa briga de ontem, deve tê-lo feito procurar uma mulher. E a prova disso é a marca de batom no colarinho de sua blusa azul claro.

Fungo pensando que não tenho o direito de cobrá-lo já que eu mesma o levei a isso.

Vencida, guardo sua roupa no cesto, juntamente com a que tiro do meu corpo, e sigo para o box, buscando amenizar minha tristeza. Minha vida é uma verdadeira montanha russa. Nunca consigo uma constância de felicidade, pois a tristeza sempre vem para me abater. Talvez não tenha nascido para ser feliz e devesse me acostumar com isso.

Do box, consigo olhar-me no espelho notando minha barriga ainda inchada da gravidez e uma palidez ainda maior em minha pele. Uma pequena marca da cesariana, quase imperceptível aos olhos, completam minha estrutura corporal. Meus seios enormes, cheios de veias visíveis, com os bicos marcados por pequenas feridas causadas pela sucção do meu filho, completam a minha imagem abatida, chorosa e triste.

Não estou me sentindo bonita. E talvez ele tenha percebido.

Não posso permitir que ele perceba que sei de sua traição. Homens da máfia, principalmente os que têm grande poder como ele, costumam sair para suas aventuras com mulheres que eles nunca levariam para casa. Rio de mim mesma, já que eu era uma puta que foi elevada ao cargo de mulher do subchefe, apenas por que soube foder direito.

REGENERAÇÃO MARINO II (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora