CAPÍTULO BÔNUS II

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Olhava através da grande parede de vidro as pessoas do outro lado da sala, bebendo, conversando e se divertindo, sem qualquer preocupação com o que está ao seu redor

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Olhava através da grande parede de vidro as pessoas do outro lado da sala, bebendo, conversando e se divertindo, sem qualquer preocupação com o que está ao seu redor. A boate está muito mais bonita, luxuosa e atrativa. O palco duplo que fora colocado no ambiente, permite que os homens se aproximem mais das dançarinas que se apresentam em suas performances. E eu estou aqui, forçando a porra do líquido descer em minha garganta, pela raiva e ciúme que sinto.

Sim, estou completamente enciumado da filha da puta!

Nunca pensei que a porra de uma única boceta seria o que queria ter para sempre. Nunca imaginei que estaria irritado por querer estar com uma única mulher, mas temendo por fazer isso. Quando eu e Eduarda passamos a nos relacionar, foi logo assim que ela ficou com o cargo que pertencia a puta da Pan. Numa tarde, estávamos acertando as novas diretrizes do trabalho e logo depois estávamos feitos loucos, fodendo forte no escritório.

Daí em diante, passou a ser algo diário e sempre na hora expediente. Ela foi parando de fazer os programas, na medida que nos aproximávamos. Quando a explosão aconteceu e eu me machuquei, foi ela quem cuidou de mim, então achei justo levá-la para minha casa e assim fiz. Era gostoso acordar do lado de alguém, encontrar a mesa do café posta e um aconchego ao voltar do trabalho. Eu sempre fui muito sozinho na vida e me acostumei fácil com seus carinhos. Os cuidados de Eduarda me fizeram acreditar que poderia dar certo algo a mais entre nós.

Entretando, com tudo que ocorreu me achei na obrigação de cuidar de Helena e Fiorella. Leonardo, quando decidiu dar um tempo do que tinha com a ruiva, implorou para que eu não a abandonasse, pois, suas meninas precisavam de ajuda. Vi ali o cuidado que meu amigo tinha por elas. Léo estava rendido ao charme da ruiva e eu estava muito feliz por meu amigo. Torci de verdade para que dessem certo.

Todavia, a porra do destino sempre vem para confundir a nossa cabeça. A morte prematura de Leonardo, deixou Helena mais desolada ainda, já que se culpava a todo momento por não ter lhe dado a chance que ele pedira. Percebi que nenhuma oportunidade volta e ela havia perdido uma ótima em sua vida.

Passei a ouvir mais que julgar o que acontecia com a ruiva. Sua obsessão por Pietro tornou-se quase uma doença, que deveria ser curada antes que ela morresse por isso. Passei a aconselhar a viver sua própria vida, a se cuidar e cuidar de Fiorella, pois meu amigo havia vivido seu melhor momento e tinha Gabriel para provar isso. E o que ela tinha?

Pelo que acompanhei sua trajetória, além de servir de esparro e chacota da irmã vagabunda e do cunhado desgraçado, ainda vivia uma vida de manipulação. O pior era que ela não aceitava de jeito nenhum que alguém lhe dissesse a verdade. Eu verdadeiramente ficava aborrecido com a teimosia da ruiva.

Com o falecimento de Lyz, vi Helena criar mais esperança ainda para com ele. Novamente ela estava entendendo errado os sinais. Tudo que meu amigo iria querer naquele momento era compromisso com alguém, pois não seria nada fácil para ele aceitar o fim que seu casamento levou. E isso seria um grande risco para Helena, pois, se Pietro lhe desse alguma oportunidade, não seria para transformá-la em sua nova esposa, mas sim um tipo de concubina.

REGENERAÇÃO MARINO II (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora