CAPÍTULO 25

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A vida tem mesmo seus meios de fazer as coisas acontecerem

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A vida tem mesmo seus meios de fazer as coisas acontecerem. Depois da conversa que tive com Inácia, sobre o que ocorreu com seu filho e sua nora, constatei que estava praticamente entregando meu marido onde tinha sua vulnerabilidade. Pedir que fosse a casa da Helena, mesmo que seja para uma tentativa de ajudar a pequena Fiorella, o deixaria próximo a mulher que ainda o ama e que tempos atrás me xingou, de tudo quanto é nome, deixando claro que eu não ficaria com ele.

Eu realmente não sei o que deu em minha cabeça.

No entanto, o motivo do meu pedido era pequena menina. Quando incentivei que Pietro fosse, foi pensando unicamente na criança. Mas, após essa conversa, evitei falar sobre e deixei a cargo de Deus. Esperei meu marido, durante esses dias que sucederam, dizer que iria até ela, mas não fez. E agora, por obra do destino ou não, estou sentada numa praça de alimentação justamente com aquela a quem meu coração escolheu acolher.

- Qual é o seu nome? - A pequena menina me pergunta.

- Eu sou a Lyz. E você?

- Fiorella. - Estendo a mão em sua direção e, antes de segurá-la, a menina observa atentamente.

- Muito prazer Fiorella. Seu nome é muito bonito. Significa florzinha, sabia? - Ela nega com a cabeça. - Mas é, Fiorella é flor em italiano. Vem de Fiore.

- E o seu nome, tem significado?

- Dizem que meu nome significa "Deus é juramento". É legal também, não é? - Ela assente. - Quer mais alguma coisa?

- Não! - Fala, olhando para meu Biel. - Você deixa eu pegar no colo?

- Mas é claro! Mas, preciso que se sente na cadeira, para ter mais segurança, tudo bem? - Ela assente, sentando-se na cadeira. Pego meu Gabriel da cadeirinha e coloco em seu colo. Com um cuidado impressionante, Fiorella o segura, com seus olhinhos presos aos azuis do meu menino que a observa atentamente.

- Ele é pesado! - Declara e sorrio. Olho por cima dela e Helena nos observa parecendo melancólica. Ao lado dela, uma mulher, com uma expressão nada agradável para mim, também nos observa. Opto por ignorar e voltar minha atenção para onde está a menina com meu filho. - Cadê o papai dele? Ele gosta do Biel? - Nitidamente, a pergunta dela tem um cunho pessoal já que nenhuma criança perguntaria isso.

- O pai do Biel está trabalhando. Logo ele virá para nos buscar. E sim, ele ama o Gabriel de todo coração. Por que a pergunta, meu bem?

- Porque meu pai não gostava de mim. Nem a minha mãe. - Ela começa a falar e para. Olho por cima de sua cabeça e vejo Helena nos olhando e sua fisionomia é triste. Por certo está ouvindo nossa conversa e isso está deixando-a triste. - Você vai dar seu filho para outra pessoa?

- Eu jamais faria isso! Meu bebê é a melhor coisa que aconteceu na minha vida e nunca, em hipótese alguma, o deixaria com outra pessoa. Fora que o pai dele brigaria comigo. - Ela abaixa seus olhos em meu filho e noto que sua respiração fica mais pesada. - Fiorella?

REGENERAÇÃO MARINO II (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora