CAPÍTULO 48

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A bordo do Jungfraubahn, um dos trens panorâmicos mais famosos da Suíça, seguimos para o vagão separado apenas para nós

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A bordo do Jungfraubahn, um dos trens panorâmicos mais famosos da Suíça, seguimos para o vagão separado apenas para nós. A fim de evitar qualquer ataque de ambos os lados, Lorenzo marcou o encontro aqui, já que é um campo neutro para mim e para Vasily. Obviamente que toda a extensão do trem tem soldados nossos espalhados, misturados por entre as pessoas normais e só nós sabemos disso. Além de quê, no nosso vagão homens sob nossas ordens conversam e bebem à paisana, prontos para qualquer eventualidade.

Mas não foi atrás de guerra e briga que vim. Minha vontade é única e espero conseguir saná-la após essa breve conversa com um dos homens mais escrotos do mundo.

Vasily é um jovem sem noção, revoltado e sem qualquer escrúpulo. O filho da puta fez da prima sua esposa e já tem um filho com ela. Soube que o miserável matou o pretendente da mulher, após esse vir pedi-la em casamento, ainda quando seu pai era vivo. Sem o poder para mudar a vontade do pai, calou-se e, duas semanas após assumir o comando da máfia, após perder o pai, tomou sua prima para si e matou o noivo dela a facadas, na sua frente. Para piorar seu sadismo, fê-la abortar um feto de cinco meses, que esperava do falecido. Segundo ele, não criaria filho de outro homem. Psicopata do caralho!

- Kakoye udovol'stviye privetstvovat' velikogo gospodina Marino! (Que prazer receber o grande senhor Marino!) - O filho da puta ironiza, abrindo os braços e alargando o sorriso cretino no rosto.

- Não venha com ironias, Vasily. Fale na minha língua ou não conhecer o português é mais uma das suas deficiências? - Provoco.

- Talvez seja você quem esteja com seu russo enferrujado, Pietro Marino.

- Zdes' net nichego rzhavogo, Vasiliy. Prosto ne stoit tratit' na tebya moy russkiy. My sobirayemsya, chert voz'mi, dogovorit'sya ili net? (Não há nada enferrujado aqui, Vasily. Só não vale a pena gastar meu russo com você. Vamos a porra do negócio ou não?) - Inquiro e um sorriso debochado se faz em seu rosto. Ele aponta uma cadeira para mim e me sento juntamente com Luigi que observa todos os lados do ambiente.

- Primeiramente, gostaria de desejar meus pêsames por sua perda. Foi realmente uma lástima o que aconteceu com a sua esposa. - Fala. Embora o tom irônico e provocativo esteja bem evidente, ele não vai me tirar do meu propósito. Para sorte dele, seu nome não aparece em minha lista de moribundos.

- Fico extremamente lisonjeado com isso. De coração! - Ele sorri ladino.

- Acredito que sim, senhor Marino. Posso te oferecer a russa que quiser. No meu bordel está cheia de suka.

- Quanta gentileza de sua parte, Vasily. Mas, não fodo bocetas russas, elas costumam estar sempre podres dos paus que costumam entrar nelas então...

- Relaxa, capo Marino. - O homem interrompe-me, erguendo a mão em rendição. - Quero dizer, subchefe. - Suspiro impaciente.

- Podemos começar a porra da reunião ou ainda pretende soltar mais algumas pérolas? Diferentemente de você, que vive sentado em seu troninho, tenho muita coisa para fazer! - Vocifero e o mesmo sorriso cretino se faz em seu rosto. O desgraçado diz alguma coisa em russo e um dos garçons do bar traz para nós uma garrafa de vodka. Ele serve três copos e, quase que ao mesmo tempo, bebemos juntos.

REGENERAÇÃO MARINO II (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora