CAPÍTULO 40

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Algumas horas antes do ataque

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Algumas horas antes do ataque...

A ansiedade me consumia de tal forma que não me permitiu dormir a noite toda. Passei a madrugada velando o sono do meu menino, pensando em como foi importante tê-lo em minha vida e guardando-o de qualquer mal que lhe possa sobrevir. Eu estou disposto a tudo para poder continuar vendo seu sorriso lindo que sempre me irradia.

Devo isso a ele. Devo isso a minha Lyz.

Ao amanhecer, decidi que passaria o dia ao seu lado, prometendo-lhe de forma silenciosa que nada lhe aconteceria. E que o que viesse acontecer nesta noite, seria o início da nossa paz. Da paz que merecemos ter há muito tempo.

O dia passou tão rápido que as últimas lembranças que tenho é do almoço, onde a presença de Helena se fez, mostrando uma situação desalinhada e bem incomum, assim como da pequena Fiorella que passou um bom tempo falando sobre os aprendizados que tem tido com a tia. Fiquei feliz por ver que ela tem recebido de Helena todo amor, carinho e educação que deveria ter recebido de seus pais. Aqueles filhos da puta!

Penso num futuro próximo, quando esta pequena criança, já estiver maior de idade, descobrir que seus pais malditos morreram por minhas mãos. Penso se me agradecerá pelo feito ou se sentirá raiva de mim por isso. Percebendo que a menina mal fala do casal de vagabundos, acredito que nem procurará saber do que foi feito deles dois.

Notei que Inácia parece mais tranquila com a presença de Helena aqui. Embora seja temporária a sua estada em minha casa, quero que pelo menos aqui a paz reine, até por conta do meu filho que, pelo que pude observar, tem evitado minha ex-mulher o tempo todo. Imagino se é por conta dos cabelos avermelhados que lembram muito os de Lyz. Sendo assim, penso se ele não deveria até se aproximar dela por isso. Vai entender o que se passa na cabeça das crianças.

- Olha aqui o seu aviãozinho, Biel! - Brinco com meu menino na varanda, aproveitando o sol tímido que aparece no céu. Lyz, sempre que podia, levava nosso menino para o parque, a fim de fazê-lo banhar-se nos raios solares. De acordo com o que minha menina dizia, faz bem para a saúde. - Sinto sua falta, meu amor! - Murmuro, apenas com a lembrança da minha ruiva.

- Mama... Mama... - Meu menino diz, apontando o dedinho para o céu. Essa é a primeira vez que o vejo fazer isso e imagino que seja influência de Inácia, pois, sempre no mesmo do dia, ela senta-se na varanda com ele e conta-lhe algo. Creio que sempre fala de Lyz.

- Sim, meu amor! Sua mamãe está lá no céu, olhando por nós dois. Está com saudades dela? Você está? - Meu menino acena com a cabeça que sim. Abraço-o fortemente, sentindo seu corpinho macio no meu. - Eu também, meu amor!

- Papa... - Me chama, apontando para o carrinho a nossa frente. Meu filho realmente ama os veículos.

- Quer brincar com o papai? - Ele meneia a cabeça afirmando. - Então vamos! - Pego um dos carrinhos e começo a brincadeira que sei que deixa meu filho feliz e alheio ao caos que estamos vivendo, pela ausência daquela que jamais será esquecida por nós dois.

REGENERAÇÃO MARINO II (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora