CAPÍTULO 49

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Revirando alguns papéis, em busca de documentos relacionados a minha Fiorella, acabei encontrando uma pesquisa que havia feito há muito tempo, quando ainda namorava com Tony e ficava irritada com as muitas noites de encontro que passava falando so...

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Revirando alguns papéis, em busca de documentos relacionados a minha Fiorella, acabei encontrando uma pesquisa que havia feito há muito tempo, quando ainda namorava com Tony e ficava irritada com as muitas noites de encontro que passava falando sobre o mesmo lugar. O Tibet, um país longínquo, situado no coração da Ásia.

Segundo sua concepção, lá é um país onde ele poderia descansar a mente de todos problemas e agitação que a cidade de Nova York lhe trazia. Poderia tirar todo o estresse que se adquiri na vida por viver num local como a cidade americana acarretava para qualquer um.

Tony vivia falando disso, fazendo pesquisas em seu celular e anotações em suas muitas agendas de roteiro para uma viagem incrível de autoconhecimento. Pelo menos, era assim que nomeava sua aventura pela cidade considerada a mais alta do planeta, ganhando o codinome de Teto da Terra.

Eu realmente, não compartilhava dos seus pensamentos, já que sempre gostei de estar em meio às pessoas, fazer compras, ir a lugares onde eu poderia ter liberdade de fazer o que quisesse. No entanto, ele insistia em dizer que, quando nos casássemos, nossa lua de mel seria lá e talvez nunca voltássemos mais.

- Mãe, onde o pai Luigi foi? - Fiorella me tira dos meus devaneios, assim que entra na cozinha. Ela estava em frente a casa, brincando com Anny, sua mais nova amiga. Elas se tornaram inseparáveis e sei que, por não ter muito com quem brincar, se apegou muito fácil. Além de que ainda não marquei um dia para que o pai de Carol, que ainda receia pela filha, permitisse que eu passasse um dia com a menina. E entendo perfeitamente o seu receio.

- Ele viajou com seu tio Pietro há dois dias, mas disse que volta hoje. Por quê? Já está com saudades do loiro? - Pergunto, fazendo cócegas em sua barriguinha. Minha menina começa a gargalhar.

- Para mamãe, minha barriga vai começar a doer. - Diz e então a puxo para meu colo, deixando um grande beijo em sua bochecha. - Eu estou com muita saudade dele sim, a senhora não está? - Devolve uma pergunta.

Se estou com saudade de Luigi? Considerando que nessas quase duas semanas que estamos juntos, onde ele me trouxe um botão de rosas todas as noites que vinha aqui, dos carinhos que dispensa para mim em cada beijo, toque e principalmente quando estamos transando, onde sua delicadeza se mistura com a safadeza que tem, e as duas juntas me levam ao meu limite, não teria como não sentir saudades.

Luigi sempre foi atencioso para comigo. Na verdade, ele sempre foi. É honesto com seus sentimentos, o que me obriga a ser honesta com ele também. Não me faz cobranças sobre o que está no meu coração, até por que ainda há algo em mim que sempre me faz recordar do que vivi com Pietro. Não comparando os dois, até porque em algumas características são bem parecidos.

Pelo menos, comparando o Luigi com o antigo Pietro, já que esse chega ser assustadora a sua frieza.

O que me faz ficar bastante preocupada com ele sobre isso, pois essa distância o impedirá de seguir adiante com uma pessoa que o mereça. Sei que está se relacionando com algumas mulheres da boate, além de Giulia, que parece se dar muito bem com ele. Talvez até seja aquela que substituirá Lyz em sua vida. Notei que Pietro tem certa admiração por ela e, agora que compreendi que meu lugar na vida dele é apenas na amizade, eu nunca, em hipótese alguma, quero perdê-la. Afinal, se não fosse por ele, não sei o que aconteceria comigo se continuasse na casa da minha mãe, naquela época.

REGENERAÇÃO MARINO II (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora