Caminhava rápido pelo corredor que leva até onde ainda estão os dois filhos da puta cuja vida tenho prolongado, a fim de aplacar a sede de vingança e raiva do monstro que fora criado desde minha separação com Helena e da descoberta da minha concepção. Descobrir que fui fruto de um estupro, do assassino do homem matou aquele que aceitou ser meu pai, mesmo tendo consciência de que não era, não foi a coisa mais fácil de se lidar.
Definitivamente, eu sou um outro homem.
Eu preciso terminar de vez isso e voltar para minha casa, minha vida. Sinto que estou cada vez mais afundado em todas as bebidas que consumo. Até meu filho me repreende com seu olhar atento ao que faço. E as vezes me constranjo quando o pego me encarando seriamente. Acho que no final, ele é quem está cuidando de mim, até que sua mãe volte.
Na última vez que eu e minha menina estivemos juntos, tomando o corpo um do outro no ato mais delicioso de nossas vidas, deixe-a livre para ter o tempo que considerou precisar. Não foi nada fácil sair daquele quarto, deixando aquela por quem meu coração gritava a necessidade. Mas, confiei que ela voltaria para mim por livre espontânea vontade.
Ao lado dela, naquela cama, deixei seu diário, uma foto da nossa família e um celular para que, quando se sentisse a vontade, pudesse nos ligar e dizer que já estava pronta para prosseguir de onde paramos. Eu nem fiz questão de saber o número, a fim de não resistir e acabar sendo forçoso em meu desejo te tê-la para mim.
Isso já tem alguns meses e tenho ficado angustiado a cada anoitecer desde que partiu. Sinto que fiz o certo, dando a ela a chance de se reencontrar. Percebi sua aflição quando disse-lhe que poderíamos seguir de onde estávamos, mas não era tão simples. Nós tínhamos um filho cuja memória da mãe é bem viva. Certamente, alguma coisa aconteceria.
Até agora, não obtive qualquer ligação dela. No entanto, sei que está bem, pois os seguranças que dispensei aos seus cuidados, sempre me atualizam sobre sua segurança. Não importa quanto tempo ela precise, eu vou esperá-la.
- Senhor Marino, providenciamos o que pediu. - Matteo avisa. - O senhor vai esperar o senhor Maciel?
- Não, Matteo. Ele está em casa com a família dele. Vamos deixá-lo de fora. Isso aqui agora é comigo. - Respondo e ele apenas concorda.
Passei pela última porta e então vi os dois homens mais desgraçados que conheci em toda minha vida, presos por correntes na parede, ligados a uma bolsa de soro. Não queria que morressem rápido, por isso pedi que cuidassem deles a fim de não deixá-los morrer logo. No meu ponto de vista, tinham sofrido muito pouco.
O que eles já passaram nas minhas mãos e nas mãos dos meus soldados não dá para contar. Fiz questão de arrancar os dentes de cada um deles, com um alicate de eletricista, sem qualquer remorso. O grito de dor que eles davam, angustiavam um ao outro. Raul chegou a defecar mas calças, diante da dor e do medo ao assistir Tomás passando por isso. Hoje será o fim dos dois.
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REGENERAÇÃO MARINO II (Concluído)
Roman d'amour[+18] 🔞 Após descobrir que sua história de vida não passava de uma grande mentira, além de se separar do amor de sua vida, Pietro Marino passa a levar uma vida completamente diferente da que tinha. Seus hábitos, desejos e atitudes se modificaram co...