CAPÍTULO 32

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Observar meu menino dormindo em seu bercinho é a melhor parte do meu dia

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Observar meu menino dormindo em seu bercinho é a melhor parte do meu dia. Fico ali admirando seu rosto de criança despreocupada, sua respiração tranquila e calmaria que me faz pensar se poderei tê-lo para sempre assim. Mas, as crianças crescem tão rápido e meu Gabriel parece que está indo na velocidade máxima. E agora que começou a chamar pelo pai, o que me deixa com inveja, não para.

Desde o seu aniversário de um ano, há dois dias, que estou sentindo um nó grande em minha garganta. Uma aflição tremenda que me tira a concentração de tudo que faço. Tento estudar, escrever no meu diário e ocupar minha mente com coisas aleatórias, mas tenho dificuldade para isso. E com Pietro andando ansioso para todos os lados, em busca de descobrir o que aconteceu com as mulheres da boate, fica tudo ainda mais estressante.

O nervoso do meu marido é o meu também.

Eu cheguei a conversar com a Eduarda e com as outras responsáveis, das outras boates, a fim de obter mais informações para a investigação e assim ajudar na captura dos assassinos, mas nenhuma delas tinha nada para dizer. Isso foi frustrante demais.

Conversei com Pietro sobre o ocorrido e uma coisa que foi relatado me chamou atenção. Pelo que disseram, um táxi foi buscar uma das meninas em seu apartamento. Como não havia placa, provavelmente não estava em serviço, o que me fez pensar que quem mandou, o motorista do veículo, sabia onde ela morava. Ou então, a mulher confiava na pessoa para quem passou o endereço de sua residência, revelando assim que o conhecia.

Duvido muito que a mulher daria informações pessoais a um desconhecido, depois do que aconteceu com as outras duas mulheres. Todas, indistintamente, estão muito abaladas com tudo e temerosas também. Concluí que a pessoa que a buscou, e talvez a matou, era alguém íntimo, pois tirou-lhe o medo.

Pelo menos da última vítima, já que na situação em que estavam, não daria endereço próprio a qualquer pessoa. Uma das ordens de Pietro para todas as boates é que todos os programas devem ser feitos dentro da própria boate e com a autorização de Eduarda. Mas, com a última vítima não aconteceu.

- Lyz, precisa arrumar suas coisas. - Analu diz, entrando no meu quarto com sua filha em seus braços. - Está tudo bem?

- Já teve a sensação de que alguma coisa está fora do lugar? Que mesmo que você arrume sua casa, sua bolsa e tudo ao seu redor, ainda assim parece que algo está errado. Tipo um quebra-cabeça de cem peças, em que você leva horas montando e no final percebe que falta uma peça. Muito frustrante! - Digo e ela parece confusa. - Esquece!

- Lyz, o que está incomodando você? Sei que atrás dessa analogia toda tem um significado pessoal. O que há?

- Não se preocupe, Ana Luíza. Acho que estou ansiosa, pois seu irmão vai me obrigar a ficar longe dele por um tempo e não gosto muito disso.

- Será por pouco tempo. Lorenzo me disse que ele tentará um acordo com o chefe russo, mas que seria só isso. - Fala calmamente. - Lorenzo já fez isso antes e eu morria de ansiedade também, mas no final sempre dava certo. Com meu irmão não será diferente.

REGENERAÇÃO MARINO II (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora