CAPÍTULO 21

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Cheguei em casa e fui direto para os braços do meu marido e filho, que estavam em nossa cama, vendo televisão

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Cheguei em casa e fui direto para os braços do meu marido e filho, que estavam em nossa cama, vendo televisão. Bom, pelo menos meu menino estava vendo, já que Pietro dormia ao seu lado. Observei meus amores por um longo tempo, principalmente meu menino que é tão inocente e indefeso.

Como alguém tem coragem de negociar a vida de uma criança por alguns euros? A própria mãe, meu Deus!

Daí me lembro que meus pais fizeram a mesma coisa comigo e ainda assistiam toda maldade que me causavam. Não é difícil acreditar.

Meus olhos rapidamente se encheram de lágrima e pensei na situação que Helena vai enfrentar, quando sua sobrinha vir morar consigo e perguntar pela irmã mais nova. Além de ter que lidar com a falta que a menina vai fazer a irmã, terá de ligar com o sentimento de culpa que certamente vai surgir. Ela certamente precisará de um apoio.

Sei que ela está numa situação de vulnerabilidade e por isso não me expulsou do restaurante. Não é fácil segurar a barra de descobrir que defendeu uma irmã que só prejudica a sua vida. E pior, causou a morte da própria filha. Essa mulher vai prestar conta com Deus tudo que causou a essas crianças. É nisso que acredito.

Beijei meus meninos e segui para o banheiro. Tomei um banho rápido, vesti uma camisola e segui para a cozinha, onde encontrei Inácia finalizando a limpeza do ambiente. Às vezes, ela esquece que temos funcionárias na casa e pode fazer isso.

- Como foi lá? - Ela perguntou, assim que abri a geladeira para pegar um suco de laranja. - Não vai me dizer que ela maltratou você?

- Não, Inácia. Helena me tratou bem, afinal. A situação não lhe permitia. - Falo, observando o semblante sério da mulher a minha frente.

- É o mínimo depois de tudo que já fez, tendo em vista o que sei que fará por ela.

- Como sabe que farei alguma coisa? - Pergunto, enquanto ela me serve alguns biscoitos.

- Seu coração é bom, menina Lyz. Embora tenha vivido um inferno nesta Terra, não foi contaminada pela maldade que nela impera. Principalmente nos dias de hoje. - Seu tom é de lamento. - Mas, não acho que deva se envolver tanto nisso. Sei que se trata de uma criança e verdadeiramente são inocentes, mas precisa lembrar sempre que tem sua família agora. Seu marido e seu filho precisam de você.

- Eu não deixarei que ela atrapalhe a minha relação com minha família, Inácia.

- Não deixe mesmo! Não confio naquela mulher. - Fala rabugenta como sempre e sorrio. Fico observando seu comportamento por um tempo e noto que ela sempre tem essa reação quando se trata de Helena. Acredito que deve ter alguma coisa nessa história. - O que foi?

- Posso fazer uma pergunta para senhora? Quero dizer, mais uma pergunta.

- Faça! - Diz, guardando a jarra de suco, parecendo ansiosa.

REGENERAÇÃO MARINO II (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora