CAPÍTULO 22

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A ansiedade me corroía por dentro

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A ansiedade me corroía por dentro. Eu já estava ficando com falta de ar, diante da minha angústia. Eu precisava ter minha menina em meus braços, precisava sentir Fiorella, ver seu rostinho, examinar o seu corpinho e saber se estava bem. Ela se tornaria minha e ninguém a tiraria de mim.

Quando Luigi me ligou, dizendo que a família que estava com minha sobrinha havia marcado o lugar para devolvê-la, eu fiquei eufórica. Queria ter minha menina comigo. Principalmente agora que seria apenas ela.

Que realidade tão triste!

A culpa me castiga. Eu deveria ter ficado mais atenta às atitudes de Isabel. É triste ter que assumir, mas a minha irmã não presta. É um ser nojento que sabe fazer mal às pessoas e pior, às próprias filhas.

Ela matou Mirella! Nunca terá meu perdão por ter feito isso com uma criança tão inocente como ela. Nojo, raiva e desprezo é tudo que eu tenho por ela. Em pensar que perdi meu casamento por defender um ser tão asqueroso quanto esse! Como me arrependo.

Todavia, não vou mais cair em suas histórias. O lado bom de estar aqui em Portugal é que ela não pode vir aqui, caso contrário morrerá, nas mãos dos soldados de Pietro. E nem vou ficar com pena, já que o que ela fez não tem perdão.

No dia em que me encontrei no restaurante com Luigi, fiquei surpresa com a presença de Lyz. Confesso que achei que ela estava ali apenas para me afrontar, mas a realidade foi outra. A mulher de Pietro tinha em seu rosto um olhar condescendente com a situação em que estava. Vi que ficou deveras mexida com a situação das minhas sobrinhas e era genuíno. Até tentei achar algo que mostrasse o contrário, mas vi verdade nela.

Um tapa sem mão foi o que eu recebi.

Assim que me deixaram em casa, recebi um telefonema de Leonardo, que demonstrou estar bastante preocupado comigo. Na noite da boate, quando Luigi foi embora, contei para ele de onde que o conhecia e não escondi o fato de ainda amar meu ex-marido. Como uma pessoa que parece ser bastante madura e bem resolvida consigo mesma, disse que estava ali para me ajudar no que fosse necessário. Afinal, não haveria qualquer problema em mantermos uma amizade.

Eu apenas concordei. No final da noite, Maria saiu com Mauro e voltei para casa com Leonardo que não forçou nenhuma situação embaraçosa, antes respeitou minha situação, já que havia ficado muito mexida com tudo que ouvi de Luigi. Principalmente, no que se tratava das minhas sobrinhas.

Mirella! Minha pequena Mirella.

A última vez que a vi, ela tinha apenas dois aninhos. Ela faria cinco anos em alguns meses, mas já terá essa oportunidade. Foi-lhe tirado o direito de ter uma vida, por causa da ambição de uma mulher doente. Meu peito dói demais por tudo isso.

- Está pronta? Luigi falou que as meninas, quero dizer, que Fiorella está a caminho com ele. - Leonardo avisa.

Eu ia ao encontro de Luigi para buscar minha menina, mas ele achou melhor que eu o esperasse em casa. Por algum motivo, Leonardo foi avisado e decidiu vir me fazer companhia. Maria logo chegará também e estou numa aflição só, já que não sei o estado da minha menina.

REGENERAÇÃO MARINO II (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora