Capítulo 34

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Abner Augusto

Dessa vez eu nem consegui disfarçar que tava dando mole para ela.

Fui deixar a Lili em casa, depois da faculdade, e do nada comecei a soltar várias coisinhas para ela. Não me arrependo, mas ela deve ter achado um pouco estranho, já que a gente não tava se encontrando muito.

Porém, eu realmente tô muito interessado nela.

Meus pensamentos foram embora quando eu cheguei em casa e vi a Maria se arrumando para sair com o Breno, algo que eu já sabia no que ia terminar.

- Vem aqui - chamei para que a mesma se sentasse ao meu lado no sofá.

- Vai ser rápido? tenho que me arrumar agora. 

- Vai, eu prometo - Respondi a puxando para se sentar.

- Aconteceu alguma coisa? - ela me perguntou.

- Você cresceu tão rápido... - comecei a falar - eu me lembro quando nossos pais morreram e você ainda era tão pequena.

- Voce vai me fazer chorar, idiota - Ela falou olhando para cima e abanando os olhos. Maria sempre foi a mais sensível em relação a esse assunto.

- Só quero que você saiba que sempre vai poder contar comigo para tudo - Falei olhando para ela enquanto segurava as suas mãos - Sempre que tiver algum problema, espero que fale comigo primeiro, eu quero estar ao seu lado em todas as situações.

- Nunca digo isso com muita frequência, mas você sabia que eu te amo? - Ela falou com uma cara de choro enquanto sorria.

Dei risada da reação dela e continuei falando mais algumas coisas. A Maria iria avançar outra etapa de sua vida e é tão estranho não ter nossos pais aqui nesses momentos, eles eram nossa base e agora temos que ser a base um do outro.

Me despedi dela e comecei a me arrumar para o trabalho. Hoje é sexta, então é bem movimentado e trabalhoso, algo que eu tenho que aliviar amanhã na festa.

Quando eu terminei de me arrumar, encontrei o Breno e a Maria saindo de casa também. Falei para eles tomarem juízo e me mandarem mensagem caso precisassem. Ele deixou a cesta aqui em casa e levou apenas o anel, o Breno tem muita vergonha com questões de demonstrações de afeto em público e eu entendo ele completamente.

O trabalho foi bem cansativo, eu fiz inúmeras tarefas e por isso o tempo passou mais rápido.

Quando eu cheguei em casa, a Maria e o Breno chegaram cinco minutos depois. Ela me contou que ele pediu ela em namoro e eu tive que fingir surpresa.

Logo depois, o Breno foi pegar a cesta dela e os dois ficaram rindo, comendo e conversando a noite todo. Deixei o Breno dormir aqui, mas só por motivos de estar tarde para ele ir pra casa.

Fui dormir mais cedo que eles e só escutei as risadas deles até eu ir dormir.

Como é sábado, me dei o luxo de acordar do depois do almoço. O cansaço da semana toda me deixou dormir até tarde.

Acordei com a Maria falando que um Uber tinha passado aqui e deixado a minha fantasia. Quando eu peguei meu celular, olhei as dez ligações perdidas da Esther e entendi que esse foi o caminho mais fácil para ela.

O Breno tinha dormido aqui e ele e a Maria conseguiram fazer um almoço responsa. Como acordei tarde, só fiz almoçar e comecei a me arrumar. A festa começaria de tarde e só terminaria de madrugada.

Pedi para a Maria fazer a minha maquiagem e arrumar o meu cabelo. Ficamos umas duas horas só nisso e eu realmente tinha gostado de todo o resultado.

A maquiagem remetia a máscara que o personagem usava no filme, por isso demorou tanto. Além de ter demorado também porque a Maria queria fazer umas coisas a mais e eu achei que bem bonito.

Ela me disse que ia sair com o Breno de noite e eu apenas falei para os dois terem juízo. Não quero ser tio agora, agora e nem daqui uns cinco anos.

Me despedi dos dois e fui ligar para os meninos para ver se eles já tinham chegado na festa, e os dois me falaram que estavam quase chegando.

Então, peguei a minha moto e fui em direção a festa com dois objetivos.

O primeiro seria aliviar o cansaço de todas as semanas de estudo e trabalho, além da organização da festa.

O segundo seria começar a demonstrar todo o meu interesse por uma pessoa em específico.

Mix de Sentimentos || Magrão & LiliOnde histórias criam vida. Descubra agora