Teacher's love ||Elizabeth Olsen// You

36-‟...Não vou deixar que nada de ruim aconteça com você."

YOUR POINT OF VIEW

7:30 AM - Los Angeles

Após sair da enfermaria, Elizabeth se despede de mim com um abraço aconchegante e sussurra em meu ouvido um "vai dar tudo certo, meu amor", e mesmo que ela tenha falado apenas com o intuito de me acalmar, soou tão convincente que decidi focar somente naquela frase e acreditar nela.

Enquanto assistia a loira se afastar, acabo viajando em meio aos meus pensamentos, e se quer pude perceber a chegada de outra pessoa pelo corredor atrás de mim.

— Vocês parecem bastante ligadas emocionalmente.- A voz masculina ressoa pelo ambiente, me causando um arrepio por saber a quem pertencia. Henry Rezende.

Uma leve sensação de pânico me atinge ao olhar ao meu redor, e notar que não há ninguém por perto; era só eu e ele. 

Suspiro, elevando minha cabeça, em uma tentativa de não demostrar fraqueza, antes de começar a caminhar pelo mesmo caminho feito pela minha namorada anteriormente, ignorando completamente sua presença. Até que seria um ótimo plano, caso o homem fosse do tipo que aceita a rejeição. Ele se põe na minha frente, impedindo que eu continuasse. 

Meu coração acelera, assim que passo a fitar seus olhos castanhos. 

— Bom, se é do seu interesse... você não foi expulsa da escola, graças a mim, que convenceu Scarlett a te deixar ficar.- Fala com um sorriso satisfeito no rosto, se exaltando diante a situação. Aquilo me causa enjoo, mas não transpareço nenhuma reação, permanecendo em silêncio. — Não vai dizer nada? Você já foi mais educada.- Cruza seus braços, me analisando. 

— O que você quer que eu faça? Que eu aplauda a sua atitude?- Junto o pouco de força que ainda há dentro de mim, para enfrenta-lo dessa forma. — É isso que quer Henry?- Enquanto falo, bato algumas vezes as minhas mãos uma na outra. O sarcasmo usado por mim é tão alto, que chega a ser tóxico. Entretanto, o que seria para faze-lo recuar, o fez rir. Franzo o cenho. — O que é tão engraçado?- Meu tom diminuí, devido a ter me sentido intimidada com sua atitude.

— Eu acho incrível o fato de que nos parecemos tanto, que chegamos a ser praticamente a mesma pessoa.- Diz. A irritação cresce dentro de mim, como ele ousa nos comparar?

— Eu não me pareço com você! Nem agora, nem nunca.- Sou o mais firme que consigo naquele momento. Ele ri novamente.

— Tem certeza? Você quase quebrou o meu nariz hoje.- Suspira antes de continuar. — Você explode quando está com raiva, igual a mim.- Balanço a cabeça de forma negativa, quase de um jeito desesperado para indicar que estava errado.

— Não, as minhas motivações foram outras. Você mereceu...- Sussurro a última frase, não querendo que ele escutasse, porém, não foi o que aconteceu.

— Ah, eu mereci?- Sorri, enquanto se aproxima. Meu corpo entra em alerta imediatamente, pois sabia do que ele era capaz de fazer. — Você não mudou nada mesmo...- Ergue sua mão, com o intuito de leva-la até o meu cabelo, mas sou rápida em segura-lo, impedindo que continuasse aquele ato. Entretanto, o homem logicamente tinha mais força do que eu, e conseguiu se soltar facilmente, chegando até o seu objetivo. Desvio o olhar, sentindo meus olhos se encherem de lágrimas.

— Me deixa passar, por favor.- Um bolo é formado na minha garganta, e quase não consigo falar.

E lá estava eu novamente... a garotinha indefesa, que não consegue gritar por ajuda, ou usar de toda a sua força para afasta-lo.