Six Records of a Floating Life [PT/BR]

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Por causa da promoção, o marido de repente ficou muito ocupado. No passado, ele saía com os amigos a cada uma ou duas semanas. Mas agora, sempre que ele sai à noite, é principalmente para construir conexões. E para fazer conexões, ele precisava beber.

Adivinhando que ele voltaria logo, caminhei até o ponto de ônibus mais próximo. Sentei-me no banco, observando os ônibus passando e a multidão passando.

Cada vez que o marido me vê, ele fica muito feliz. Eu também estou muito feliz. Porque os outros podem dizer que ele bebeu, então posso usar isso como desculpa para apoiar abertamente o seu corpo.

"Quanto você bebeu?"

"Um pouco."

"Você está bêbado?"

"Um pouco."

"Você quer vomitar?"

"Não, ainda estou bem."

Enquanto conversávamos assim, nós dois voltamos lentamente para casa.

Esta foi a última nota de “Six Records of a Floating Life” de Nan Kang. Se ainda não leu, leia “Te esperarei até meus 35 anos”, que Nan Kang escreveu no ano seguinte (2006) após se separar do 'marido'. Tem traduzida para português aqui no Wattpad.

Muito obrigada por ler. Mesmo que nessas anedotas algumas partes problemáticas de seu relacionamento tenham sido reveladas, ainda é relativamente comovente, o que torna "Te esperarei até meus 35 anos" ainda mais trágico. Nan Kang amava muito seu “marido”. Mas não sei dizer sobre os sentimentos de seu “marido”. Acredito que seja muito assustador se relacionar com outras pessoas justamente por isso, porque a única coisa que você pode ter certeza é de como você se sente e não dá para saber como o outro está se sentindo. Se o “marido” o amava ou não, isso é algo que apenas ele sabe.

Infelizmente, por conta da nossa sociedade preconceituosa muitas pessoas já morreram de infinitas formas e por diversos motivos, todos esses motivos sendo ligados ao abandono da humanidade em prol dessas regras sociais que as pessoas aceitam como certas. Ame quem você quiser, desejo toda a felicidade do mundo para você. E espero que no futuro muito mais pessoas possam ser corajosas, mas que elas não precisem ser. Porque amar deverá ser algo natural para todos.