sᴇᴜ ᴄᴀʀᴍᴀ ✦ ɪɪ

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Era assustador o jeito que Jimin sempre conseguia fazer tudo ficar ao seu favor. Ele havia construído seu nome de uma maneira que as pessoas apenas não conseguiam duvidar dele sem provas. Eram sempre frases como "Óbvio que não foi ele, estamos falando do Jimin", "O Jimin nunca faria isso", "Ele é tão adoravel", "O Jimin é tão gente boa" e ele sequer precisava se defender porque os outros já faziam isso por ele. Ele era mesmo um demônio, mas um demônio belo que se vestia de branco reluzente, por isso tão facilmente era confundido com um anjo. O próprio Carma foi enganado por ele de primeira.

Mas tinha que fazer algo a respeito ou estaria perdido. Tudo que fazia parecia brincadeira de criança, aquele ruivo parecia um psicopata. Talvez fosse. Um sádico sem sentimentos, incapaz de sentir remorso. Mas até esses psicopatas pagavam por seus crimes, sendo presos ou sendo mortos, de alguma forma o carma chegava. E aqueles a quem o castigo não chegava era o Carma quem pagava, e ele estava apavorado cada dia mais com a probabilidade de desaparecer. Mais semanas haviam se passado e não conseguiu fazer muito. Logo semanas seriam meses, aí não teria mais o que pudesse fazer.
Por isso que o desespero lentamente crescia dentro de si, e, como dizem, momentos de desespero pedem medidas desesperadas.

Ele tinha tido uma ideia, era uma ideia estúpida mas era o que tinha mais chances de dar certo. Nessas semanas em que o observou e tentou atingi-lo de todas as formas, percebeu que ele não tinha fraquezas. Ele não tinha empatia pelas pessoas ao seu redor, contanto também não sentia culpa por nada que fazia. Não tinha medo de ser exposto, ele estava se lixando para isso por estar em seu último ano. Pretendia mudar de país quando tudo acabasse já que tinha excelentes notas, então era algo que não parecia que iria afeta-lo muito. Ele realmente não se importava e o problema era esse, o Carma tinha que fazer ele se importar. Tinha que ferir onde mais doía.

Sua família também não era um recurso que podia usar, era filho único, seu pai já tinha morrido e ele já não tinha contato com a mãe. Mas não tinha certeza se ele a odiava ou algo assim, ela o ligava as vezes mas ele sempre rejeitava a ligação. O Carma não sabia o motivo, como nunca se preocupou em acompanhar sua vida não fazia ideia das coisas que ele já havia feito, então haviam coisas em sua vida pelas quais ele jamais pagaria por causa desse descuido. Também não podia se dar o luxo de ver o passado, ele não teria nenhum privilégio. Teria que descobrir tudo sozinho e tudo o que tinha era apenas o momento a partir daquele que ele estava dormindo a quase 2 meses atrás e as coisas pelas quais ele pagaria seriam apenas as que soubesse a partir deste momento. O que surpreendentemente já era muita coisa.

A conclusão que o Carma teve surgiu a partir de dois pontos. Primeiro, o conselho que ouviu e que tinha decidido ignorar mas que agora ficava voltando à sua mente. A ideia de "bom menino" estava muito enraizada na mente daqueles ao redor do rapaz, ele primeiro teria que tirar isso. Segundo, uma situação curiosa que tinha acontecido em um chat de trocas de mensagens entre ele e o colega dele Hoseok:

𝚄𝚗𝚒𝚌𝚘 𝚚𝚞𝚎 𝚜𝚎 𝚜𝚊𝚕𝚟𝚊 ​​😑:
𝚌𝚞𝚣𝚊𝚘 𝚘𝚕𝚑𝚊 𝚘 𝚚𝚞𝚎 𝚎𝚞 𝚌𝚘𝚗𝚜𝚎𝚐𝚞𝚒 𝚊𝚌𝚑𝚊𝚛!!

𝚅𝚘𝚌𝚎̂:
𝚀uê?

𝚄𝚗𝚒𝚌𝚘 𝚚𝚞𝚎 𝚜𝚎 𝚜𝚊𝚕𝚟𝚊 ​​😑:
[𝚏𝚘𝚝𝚘]
𝚌𝚘𝚗𝚜𝚎𝚐𝚞𝚒 𝚊𝚌𝚑𝚊𝚛 𝚘𝚞𝚝𝚛𝚊!!

Era a foto de uma revista de moda, não parecia ser nada de mais. O próprio Jimin não entendeu o que ele estava falando.

𝚄𝚗𝚒𝚌𝚘 𝚚𝚞𝚎 𝚜𝚎 𝚜𝚊𝚕𝚟𝚊 ​​😑:
𝚎𝚕𝚊 𝚎 𝚎𝚍𝚒𝚌𝚊𝚘 𝚕𝚒𝚖𝚒𝚝𝚊𝚍𝚊 𝚖𝚊𝚜 𝚎𝚞 𝚊𝚌𝚑𝚎𝚒 𝚘𝚞𝚝𝚛𝚊!!

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