VINTE E UM

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              Xiao Zhan


Vou transar!
Meu Deus, está acontecendo...
Não fique trazendo o nome de Deus agora, Xiao Zhan.
Porra, desculpe, Senhor.
Estou tão animado que nem sei por onde começo.
Banho, sim...
Passo perfume e sigo para o quarto, ainda faltam três minutos.
Lembro-me de ter lido na internet sobre uma tal de posição de espera, devendo ser a forma como o  submisso aguarda seu amo.
Quero agradar meu homem, meu Mandarino.
Ele não é seu, minha consciência me lembra.

Bem, hoje ele é...

Por sorte, há um pequeno tapete próximo da cama.
Ajoelho-me ali, tentando não pensar muito no fato de estar praticamente nu, esperando Yibo, como uma oferenda.

Sem preconceitos, Xiao Zhan. Mente aberta e apenas curta. Suas experiências com sexo baunilha, não foram boas, quem sabe aqui, você se encontre.

Ouço passos e respiro fundo em expectativa.
A porta do quarto é aberta e ele entra vestindo apenas a calça jeans.
Puta que pariu.
Já vi seu peitoral ontem de madrugada, mas estava escuro e eu ainda um pouco sonolento.
Hoje não.
Jesus amado!
O homem não tem uma grama de gordura.
Meus olhos escaneiam cada milímetro de pele exposta, há tinta por seus braços, abdômen e nem vi a parte de baixo.
Uma âncora, um pássaro no bíceps, a caveira no outro braço, tribais, relógio, números romanos, tantos desenhos.
Minha curiosidade está me matando, mas isso terá que ficar para depois.
Paro de secar o homem e miro seus olhos.
Nunca me senti tão quente na vida...
E ele nem colocou a mão em mim.

— Tire a minha calça — ordena num tom de voz rouca que não admite questionamento.
— Sim, senhor — respondo, embora, a vontade seja dizer: com todo prazer.

Controle-se, Zhan!
Estou nervoso e me atrapalho um pouco para abrir o botão da calça jeans.
Minhas mãos esbarram no seu pau duro sob a cueca e mordo o lábio em antecipação.
Ajoelhado como estou, meu rosto fica próximo ao paraíso.
A boxer preta não deixa muito para a imaginação, parece uma embalagem a vácuo.
Uma que quero muito abrir.
Fico em pé com a ajuda dele e por mais que eu tente parecer tranquilo, meu corpo me denuncia.
Meu peito sobe e desce, o que parece atrair mais a atenção dele, já que seu olhar está fixo sobre meu peito, me deixando ainda mais duro.
— Lindo pra caralho.

Sorrio como um bobo e aproveito que estou em pé para observar melhor as tatuagens na base de seu pescoço, e que descem para o peito.

— Gostando do que vê, moreno?
— Muito — replico, os dedos coçando para tocá-lo.
— Posso tocá-lo?
Mal solto a frase, percebo o olhar de Yibo, e me corrijo:
— Senhor!
O sorriso que recebo me faz querer acertar sempre.
— Mais tarde, moreno — sussurra no meu ouvido e meu corpo arrepia todo.
— Agora é tudo sobre você.

Pelo amor de Deus.
Alguém já morreu de antecipação?

Fico em silêncio e observo quando Yibo pega algo em sua mochila.
Que diabo é isso?
Uma barra de ferro com algemas na ponta?!
Misericórdia!
— Você confia em mim, Xiao Zhan? — pergunta, erguendo meu queixo.
— Sim — retruco.
— Ótimo! — diz e, para minha surpresa, me pega no colo e me coloca na cama.
— Qual sua palavra de segurança, moreno? — pergunta, mas minha atenção está em suas mãos afivelando as algemas em meus calcanhares.
Tento controlar minha respiração, mas é perda de tempo.
— Picles.
Em questão de segundos, estou completamente imobilizado.
Pensar que Yibo pode fazer o que quiser comigo é excitante e assustador, mas de um jeito bom.
— Não vou te vendar hoje, quero que olhe tudo, que veja o que vou fazer com você, ok?
Graças a Deus, acho que meu coração não ia aguentar ir às cegas.
— Ok, Yibo... senhor.
Começa a deixar uma trilha de beijos e mordidas pelo meu pescoço.
Prendo a respiração quando o vejo se aproximar dos meus mamilos.
Deus!
Abocanha meu mamilo e um gemido escapa de mim.
Puta merda.
Por um segundo, esqueço as algemas e tento me mexer.
Impossível.
Não sei de onde surgiu uma tesoura, mas quando percebo, Yibo corta sem pensar duas vezes a cueca.

Fecho os olhos, de repente envergonhado, mas então me lembro dele dizendo que deseja que eu olhe.
Céus.
Respiro fundo e volto a abri-los.
Yibo encara meu pau como se estivesse vendo um doce.
— Todo melado — diz e então abaixa o rosto e mete a língua na cabeça — Gostoso pra cacete — complementa, agarrando meu pau em seus dentes. .

— Ahhhh, Deus — grito, jogando a cabeça para trás.
— Tão sensível e receptivo. Vamos nos divertir.
Brinca mais um pouco ali e então volta sua atenção para meus mamilos.
Chama o bombeiro, que eu estou pegando fogo.
Não sei nem mais o que ocorre ao meu redor, gemo, alucinado, sem me importar com mais nada.
Sua boca encontra a minha e sinto o gosto da minha excitação em sua língua.
Morde meu lábio e queixo, numa doce tortura.
— Delícia! — rosna no meu ouvido.
Ajoelha-se ao lado da minha cabeça e puxa seu pau para fora.
Impossível não olhar.

— Oh Deus.

É grande, grosso, cheio de veias e uma gota de lubrificação começa a escorrer da cabeça.
Yibo me provoca, se tocando praticamente na minha cara.
Filho da puta.
Nossa quero muito chupá-lo.

— Você quer, moreno? — pergunta, já sabendo a resposta.
— Sim, senhor.
Abro a boca e ele entende a mensagem.
Agarra meu cabelo e enfia seu pau na minha boca sem rodeios.
É grande pra caralho, mas tento tomar o máximo que consigo.
Brinco com minha língua circulando todo seu comprimento, e então sigo para a cabeça, mamando gostoso ali.
Yibo geme e isto me inflama, de uma forma absurda.
Volto a engolir seu cacete sob seus gemidos que segura minha cabeça e passa a foder minha boca, entrando e saindo.
— Vou gozar na sua boca, mas não hoje... Quero gozar com meu pau enfiado até o talo na sua bunda, Xiao Zhan— diz, se afastando.
— Sim, senhor, por favor.
— Será que você está pronto?
— Sim — gemo, tentando erguer os quadris.
— Acho que podemos deixar você mais pronto ainda. — Passa o indicador pelo meu buraco.
Quero dizer que é impossível me deixar mais pronto, mas então ele tira um plug anal da mochila e perco a voz.

— Este plug é pequeno. Você vai sentir uma leve pressão, mas vai ficar bem.

Abocanha meu pau e começa a enfiar o treco no meu rabo.
— Oh Deus.... senhor!
Queima... mas é bom!
Sinto-me afogando num mar de sensações... Sua boca, seus dedos, o brinquedo.
É muito...
— Tão fodidamente molhado.

Sinto que vou explodir, minhas coxas começam a tremer.
— Senhor, por favor! — grito.
— Você quer gozar, moreno? — pergunta ao mesmo tempo em que belisca meu mamilo e me fode com o plug.
— Ohhh, sim... senhor, por favor.
— Olhe para mim, Xiao Zhan — manda e eu obedeço.
— Sinta meu pau sumir nesta sua bunda gostosa — diz ao mesmo tempo em soca seu pau em mim.
Puta que pariu.
— Humm, tão bom.
— Vai ficar ainda melhor, moreno.
Vou morrer!
Yibo coloca um vibrador sobre meu pau e passa a entrar e sair, a princípio devagar, mas então acelera o ritmo.
Agarra meu quadril e me fode rápido, entrando e saindo.
No quarto, só barulho dos nossos corpos batendo e meus gemidos e gritos, sim, descobri que sou um pouco escandaloso, mas quem pode me culpar.
É confuso estar algemado, e se sentir tão livre, mas é exatamente como me sinto.

Livre para apenas sentir.

E eu sinto, explodo num orgasmo que faz até meus dedos dos pés se curvarem e espasmos percorrerem meu corpo.
Puta que pariu!

Sinto meu buraco apertando seu pau, enquanto ele continua entrando em mim num ritmo frenético até gritar meu nome. Meu coração explode de felicidade.
Jogo a cabeça para trás, esgotado, com apenas uma certeza: o homem me arruinou.
Mal acabamos e já estou pensando em ter mais dele, mais do meu Mandarino.
Estou deitado, olhos fechados, esperando minha alma voltar para o corpo, quando sinto suas mãos mexendo nas algemas.
Sei que estou livre, mas permaneço imóvel.
A cama balança com o seu peso e, de repente, sou puxado para junto dos seus braços.
— Ei, moreno! Você está bem? — pergunta, afastando os fios de cabelo da minha testa.
Estou todo suado e eles grudam no meu rosto.
A visão não deve ser bonita.
— Mais do que bem — digo com um sorriso. Tentando voltar a respirar normalmente. Parece que corri uma maratona.
— É sempre assim?

— O quê?
— Incrível?
— Vai depender muito do entrosamento do amo e do submisso, da forma como ele se entrega na cena, da confiança que deposita no seu amo... Não é algo exato.

— Entendo.
— Você foi maravilhoso Zhan, achei que teríamos que praticar mais aqui, antes de irmos ao clube.
— Será? Talvez seja melhor praticar mais um pouco — digo sem filtro algum, aproveitando as mãos livres para passar os dedos pelo seu peito musculoso.

Yibo me olha com um sorriso safado.
— Acho que criei um monstro.
— Sua culpa!
— Vamos praticar mais, moreno, e o prazer será todo meu — diz, debruçando sobre meu corpo e me fazendo arfar. — Mas não hoje, você precisa descansar para quinta.

Realmente estou esgotado e acho que até assado de toda esta ação, após meses, ou anos, sem sexo, mas ainda assim...
Peraí, quinta? Mas faltam dois dias!
— Quinta-feira iremos sair.
— Sair?
— Sim, um amigo sempre organiza um evento em sua casa, fica a cerca de trinta minutos.
— Evento?
— Ele e sua sub recebem outros casais. O espaço é grande e poderemos interagir num ambiente BDSM, assistir a algumas cenas e transar num dos quartos.
— Vão nos assistir?
— Isso é um problema para você, moreno?
— Não... quer dizer, não sei. Tenho um pouco de vergonha.

— Você é lindo e não tem nada para se envergonhar. Vamos só observar no início e se você se sentir confortável, podemos seguir.
São, seguro e consensual.
Mordo os lábios, já em expectativa.
— Agora, trate de descansar... — retruca, roçando o pau em mim, antes de se levantar dando uma piscadinha.

—Volto mais tarde para ver se está tudo bem.
Safado e cuidadoso, que combo!

— Yibo... eh, nós vamos ficar sem... você sabe, até quinta? — pergunto, me apoiando nos cotovelos na cama.
Para no meio do quarto totalmente nu e me olha com um sorriso sacana no rosto.
— Não vamos foder, moreno, mas vou aproveitar os próximos dias para preparar mais seu rabo. Não vejo a hora de me enterrar nele, até o talo  de novo — assegura, antes de pegar suas coisas e sair como se não tivesse jogado uma bomba no meio do quarto.

Mais?! .

Jogo-me na cama e apoio o braço sobre os olhos.
Deveria estar fugindo, mas, porra, já estou contando as horas para amanhã.


(....)



      

DestemidoOnde histórias criam vida. Descubra agora