TRINTA E TRÊS

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                        Wang Yibo

— Você está bem? — pergunto, puxando-o para meus braços.

— Mais do que bem! — confirma, depositando um beijo no meu peito.
— Bom — digo, beijando seu cabelo, aproveitando a sensação de tê-lo comigo.
— Zhan ,  eu adoro  comer seu rabo — brinco, acariciando sua bunda.

O safado sorri e arrebita o traseiro em resposta.
— Sua sorte é que vou deixar você descansar agora, moreno — digo, depositando um beijo na sua testa.
— Descansar? Posso fazer isso o dia inteiro — rebate, mordendo o lábio.
— Não me provoque... Que posso testar todos os seus limites — digo e vejo o brilho de excitação em seus olhos.

Lindo.

— Que horas vamos sair? — pergunta, felizmente mudando de assunto.
— Pensei de jantarmos e irmos para lá umas 20h. É o horário que começa a ficar mais movimentado.
— Não sei se conseguirei comer. Estou nervoso, primeira vez num clube BDSM e a pressão de avançarmos na investigação — diz, mordendo os lábios.
— Vai dar tudo certo, Zhan. Tenha consciência de que você vai ver de tudo lá. Abra sua mente. Lembre-se que tudo é consensual.
— Sim.
— Da mesma forma  foi algo novo para você, muitos estão ali desafiando seus limites, se descobrindo. É tudo sobre prazer.
— Quando chegarmos, o que vamos fazer?
— Assim que entrarmos, vamos cumprimentar os mestres. Tenho certeza de que você chamará muita atenção.
— Por que diz isso?
— Além do fato de ser lindo, estranharão eu chegar acompanhado.
— Você nunca chegou com nenhum sub?
— Não, geralmente, faço cena em público com algum dos estagiários.

— Entendo — diz e vejo como está pensativo.
— Sobre a investigação, vamos circular, ver algumas cenas, a ideia é observar e entrosar. Temos três noites para encontrarmos as respostas que procuramos.
Gesticula que sim com a cabeça, e posso ver as engrenagens girando.
Xiao Zhan agora está no modo jornalista.
— Você acha que vamos descobrir alguma coisa?

— Sim, eu acredito. Conheço a maioria dos mestres há anos, mas é algo superficial e limitado às minhas visitas no clube. O único que tenho mais contato é o mestre J. Eu vou sondar os mestres e você fica com os outros subs e estagiários do clube, tenho certeza de que conseguiremos algo.
— Certo!
— Se alguém levantar alguma suspeita, vamos grampear.
— Como assim?
— Vou instalar um aplicativo espião nos celulares, notebooks.
— Isto é legal?
— É, com um mandado. Não se preocupe, moreno. Faremos tudo dentro da lei, se alguém no clube está envolvido nos assassinatos, nós vamos descobrir e eles vão pagar.

— Arrumando a mochila do mal? — pergunta, ao sair do banheiro vestido num roupão.
— Do mal?
— Você tem vários instrumentos de tortura aí — retruca com um sorriso safado no rosto.
— Não me lembro de ouvir você reclamando.
— Não mesmo, mas não quer dizer que não existam — retruca.
— Se você acha que foi tortura, mal posso esperar para ver sua reação com outros itens que comprei especialmente para você.
— Promessas, promessas... — rebate, provocador.
— Que eu pretendo cumprir — digo, descendo meus lábios nos seus.
Brinco com sua língua, mordisco seu lábio e sigo dando mordidas na sua mandíbula.

— Delícia. Vou tomar uma ducha, moreno. Saímos em trinta minutos.

— Falei que devia ter tomado banho comigo, já economizaríamos tempo.
— Você realmente acredita nisso?
— Não, mas não custava tentar. — Pisca, provocando.

Porra, moreno.
Saio do banheiro e o encontro  em frente ao espelho ele se vira e sinto como se tivesse sido socado no estômago.
Caralho.

— Então? — pergunta, girando trezentos e sessenta graus.
O colete de renda roxo marca a cintura e destaca a blusa branca.
A calça preta de látex deixa as pernas torneadas ainda mais em destaque.
Foda!
— Porra, moreno. Vai ser difícil me concentrar na missão, quando só consigo pensar em arrancar sua roupa e te foder.

— Obrigado, acho — agradece, sorrindo.
— Você está deslumbrante — elogio, abraçando-o por trás, depositando um beijo suave no seu pescoço, deixando-o saber o quão duro já estou.

— Chegamos — digo, entrando com o carro no subsolo de um arranha-céu.
— É aqui? Neste prédio? Achei que eram só prédios comerciais e bancos.
— O clube fica nos últimos andares e cobertura.

Xiao Zhan me olha, chocado.
— Estava esperando alguma mansão discreta, sei lá, igual em Campinas, ou uma casa em estilo alemão.

Ajudo-o a sair do carro e a puxo para junto de mim, enquanto esperamos o elevador.

— À nossa missão, Zhan — digo, roçando meus lábios nos seus.

— À nossa missão — repete, acariciando meu rosto

(....)

DestemidoOnde histórias criam vida. Descubra agora