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Aline

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Resolvi ir almoçar com Valentina mas nem passou pela minha cabeça encontrar com Anderson. Por alguns minutos eu esqueci completamente que ele habitava nesse morro, estou tão focada em recomeçar minha vida que esquece desse detalhe.

Valentina: Esse homem me dá medo! - Ela murmurou dando comida para o bebê - Ele ainda está atrás de você, Aline?

Aline: Graças a Deus não, fazia tempo que eu não via ele pelo morro! - Ajeitei Miguel no carrinho

Valentina: Deveria estar se recuperando do olho! - falou me fazendo rir - ouvi falar que ele quase ficou cego, não sei se é verdade, mas bem que poderia.

Aline: Foi um machucado superficial! - suspirei - Vamos falar de outra coisa, cansei de falar dele - Valentina riu

Valentina: Arthur capotou - colocou o bebê em seus braços no carrinho junto com o irmão

Aline: Eles são sua cara, muito fofos - Sorri observando os meninos dormindo tranquilos - Você é uma mulher sortuda, tem dois príncipes ao seu lado

Valentina: E você tem um anjinho, ele sempre vai te proteger - Sorri - No começo foi horrível sabe que seria mãe, ainda mais de dois e sozinha. Mas depois eu me acostumei, aprendi que não estaria mais sozinha e que eles seriam o amor mais lindo e verdadeiro que já passou na minha vida, meus meninos vieram para mudar tudo.

Aline: Eles vão ter orgulho da mãe que você - Ela sorriu me abraçando - E eu também, quem diria que a "piriguete do morro" se tornaria essa mulher foda.

Valentina: Meu Deus, nem me lembre disso por favor - gargalhei indo pagar a conta

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Sorri ao ver Gabriel saindo do carro, caminhei até ele que depositou um beijo na minha testa.

Gabriel: Você está perfeita! - Sorri

Aline: Digo o mesmo - ele abriu a porta do carro pra mim - fico feliz em ter aceitado sair

Gabriel: Eu jamais negaria um convite seu - deu partida no carro - onde pretende ir?

Aline: Nesse restaurante! - coloquei no GPS - é uma delícia, eu venho aqui sempre que posso

Gabriel: Se você está falando, eu acredito - me olhou sorrindo

Encostei no banco mordendo o lábio inferior. Gabriel dirigia com cuidado pelas ruas, observar ele dirigindo é como ver sua mãe terminando de passar a massa de bolo para a assadeira e você poder finalmente comer o resto da vasilha.

Essa noite eu quero me permitir fazer o que eu estava negando a tempos. Me sinto bem em querer avançar com Gabriel, ele disse que tudo seria no meu tempo e eu sinto que meu tempo é agora.

Não estou mais presa ao Anderson e finalmente me livrei do pesadelo de fazer algum mal para mim e para Gabriel.

Ele parou no semáforo e me encarou, respirei fundo e segurei sua mãe trazendo para meu colo. Ele sorriu de lado e voltou a dirigir.

Chegamos ao restaurante pouco tempo depois, Gabriel estacionou o carro e me ajudou a descer. Entrelacei nossos dedos e entramos no local indo até a mesa que o garçom indicou. Sentamos e logo o garçom veio com os cardápios.

Aline: o Risoto de camarão é perfeito - comentei olhando todas as opções

Gabriel: Não gosto de risoto - falou baixo me fazendo abaixar o cardápio e encarar os lindos olhos castanho claro

Aline: Como assim? Quem não gosta de risoto pode se considerar um ET. - ele riu

Gabriel: Acho que sou um ET que veio especificamente de Vênus - Ri voltando a olhar o cardápio -
Bom, eu vou querer um carbonara

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