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Aline

Dei graças a Deus por não está no morro quando aconteceu a tal invasão.

Estava no ultrassom vendo meu bebezinho. E ele está tão bem, cresceu bastante desde a última consulta.

Quando cheguei no morro o lugar tava acabando mesmo. Não tinha sinal de gente viva a não ser os aviãozinhos.

Rocha: Eae madame! - Veio até mim com uma expressão nada boa

Aline: Isso aqui tá uma catástrofe! - apertei minha bolsa no ombro

Rocha: Aline as notícias não são boas! - agarrou meu braço subindo o morro junto comigo

Aline: O que aconteceu? O Anderson tá bem? - engoli seco com medo de algo ter acontecido com ele

Rocha: Não! Ele está internado, levou alguns tiros mas não foram fatais - suspirei aliviada - Mas... Infelizmente a Joice...ela

Aline: Não... - neguei deixando as lágrimas caírem - É mentira né, por favor Rocha diz que é mentira

Rocha: Eu adoraria que fosse mentira loira! - segurou meu braço com mais força - não passa mal agora não porra!

Ele me sentou na escada que tinha ali e ficou ao meu lado segurando minha mão.

Aline: Eu falei com ela hoje de manhã, perguntei se queria ir comigo ver o bebê - limpei as lágrimas - Meu Deus!

Rocha: Ela foi atingida com cinco tiros, dois na cabeça e três no abdômen! - Deitei minha cabeça no ombro dele enquanto chorava - eu sinto muito, Dona Joice era amada por todos

Aline: Ela estava tão feliz, não merecia isso!

Ele ficou comigo ali por um tempo e depois me levou pra casa.

Rocha foi meu amigo desde quando cheguei aqui, ele que me deu todo apoio possível. Me trata como se fosse sua irmã mais nova.

Tudo que acontece ele vem falar comigo me pedindo conselhos, a gente criou uma conexão enorme.

Rocha: Vou pedir pra Sarah vir ficar contigo! Tenho que voltar ao trabalho - concordei dando um abraço dele - Depois te levo pra ver o Gavião!

Aline: Tudo bem! Obrigada pelo apoio - ele sorriu beijando minha testa

Rocha: Tô sempre contigo irmãzinha! - me abraçou de novo e saiu

Sentei no sofá tentando processar todas as informações. Era tantas coisas que fiquei até zonza.

Nem quero imaginar como Anderson está, ele era muito apegado na mãe apesar de não demostrar. No fundo daquela marra toda tem uma pessoa sentimental.

Aline: Queria tanto que você conhecesse sua vovó meu filho! Ela iria te mimar tanto.

(•••)

Sentei na cama ao lado de Anderson passando a mão em seus cabelos enquanto ele encarava o nada.

Já fazia um tempo que eu estava aqui e conversamos só o necessário. Ele está abatido pela morte da mãe eu entendo.

Aline: Vou pegar alguma coisa pra comer, já volto! - Ele me olhou concordo.

Levantei da cama ajeitando minha roupa e sai do quarto caminhando até a cantina do hospital.

No caminho acabei encontrando com Daniela, uma sensação de desesperou tomou conta de mim que fiquei até enjoada

Daniela: Aline! - me olhou surpresa - Achei que não iria te encontrar tão cedo

Aline: E...eu tenho...eu só vim... - balancei a cabeça - Eu vim para uma consulta - falei mais calma

Daniela: Eu sei que você está com o Anderson. Eu só quero te dar uma aviso, fique longe dele - me encarou - não falo isso por ciúmes ou pra pagar de fiel barraqueira, estou falando pro teu bem! Anderson não é flor que de cheire e uma hora ele vai te mostrar quem realmente é

Aline: É verdade? - perguntei tremendo

Daniela: Eu só estou com ele até hoje, por que preciso terminar de ajudar meu irmão! Senão eu já tinha metido o pé a muito tempo, te aconselhar a fazer o mesmo enquanto a tempo. - bateu no meu ombro devagar - pelo teu bem e do bebê!

Ela saiu me deixando no corredor sozinha completamente em choque. No fim até perdi a vontade de comer e voltei para o quarto.

Fechei a porta atrás de mim encarando o chão sem ter coragem de olhar pra ele.

Anderson: Não ia comer? - ouvi sua voz baixa

Aline: Perdi a fome! - levantei a cabeça - Os primeiros meses são assim! - sentei no sofá duro que tinha lá

Anderson: hum! - continuou me encarando - tá começando a aparecer - olhou para a barriga

Aline: Sim, acho que vai ser um bebê grande! - sorri - igual o papai

Anderson: E vai ser lindão também ou lindona! - Sorri com sua curiosidade

Aline: Bebês sempre vem a cara do pai, isso não é justo! - ele riu - Não faz esforço Anderson, você passou por uma cirurgia

Anderson: Tô bem já! - se ajeitou na cama - não aguento mais ficar nessa porra! - resmungou - Vem cá!

Caminhei até sua cama e parei ao seu lado. Anderson levantou minha blusa dando um beijo na barriga

Anderson: Vai pra casa descansar, amanhã a gente se vê!

Aline: Tem certeza? - ele concordou - tudo bem, amanhã eu volto

Anderson: Até amanhã! - me beijou

Peguei minhas coisas e sai do quarto. Na minha mente ainda rodava sobre o que Daniela me disse, sera que é verdade mesmo?

(•••)

Tenham paciência com a Aline, dependência emocional é difícil.

Cap não revisado

Bjss xuxus

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