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Aline

Terminei de fechar a loja já era quase 21:00, Anderson deve tá querendo me matar por que não fui na boca. Hoje eu quis trabalhar mais, apesar de não ter muito movimento presencial teve bastante online.

As meninas foram embora mais cedo e eu fiquei pra fechar as contas e organizar tudo pra amanhã. Eu já estava o pó e sentindo muito dor.

Antes de subir para minha casa passei na vendinha e comprei umas besteira pra comer. Prendi meu cabelo em um rabo e fui subindo devagarinho.

- Na rua uma hora dessas? - gelei ao reconhecer voz, o filha da puta que prensou o Anderson um vez!

Me vire lentamente vendo que ele apontava uma arma pra mim, engoli seco sentindo minha pressão descendo de um vez só.

Lemão: Onde tá o Gavião? Tu tem um minuto pra me dizer ou isso aqui vai virar bagunça! - diz colocando o dedo no gatilho

Aline: Não... não sei! - desci minha mão pra barriga involuntariamente.

Lemão: Tá escondendo ouro aí Alininha! - neguei dando alguns passos pra trás - Acho que encontrei o ponto fraco do Gavião! - rio de forma sombria

Aline: Me deixa em paz, eu não sei onde está Gavião! - pedi já deixando as lágrimas caírem

Lemão agarrou meu braço me jogando com certa brutalidade no chão, fechei os olhos com força quando ouvi os fogos sendo lançados e barulhos de tiros por todo o lado.

Lemão: Tu vale ouro nesse momento loirinha! - me tirou do chão apontando a arma na minha cabeça - tu vai ficar bem quietinha aqui, só vamos esperar o papai aparecer

Aline: Não faz nada com meu bebê por favor! - pedi e ele riu apertando meu pescoço

Lemão: Isso só depende do seu namoradinho! - Lemão pressionou arma no pé na minha barriga - acho uma pena Gavião ter te traído tanto, inclusive com minha filha! - riu passando a mão no meu cabelo - Confesso que ele foi um puta de um arrombado, ninguém nem pensaria em perder uma mulher como você!

Os tiros estavam cada vez mais perto de onde nós estávamos, o medo invadia meu corpo a cada segundo. Lemão estão me segurando firme contra seu peito enquanto intercalava a arma entre minha cabeça e barriga.

- Filho da puta! - Estremeci sem conseguir abrir os olhos

Lemão: Ah oi Gavião! - riu me virando pra onde Anderson estava - olha quem eu tenho aqui, sua mulher e seu filhinho!

Gavião: Solta ela! - apontou uma arma pra ele

Lemão: Pensa que é fácil assim? Antes me entrega o morro e então você vai viver feliz com tua mulher e a cria. - pressionou mais a arma em minha cabeça

Gavião estava com o olhar fixo em Lemão, em momento algum ele me encarou. Eu estava entrando em desespero, a dor no pé da barriga só aumenta e eu sentia que iria desmaiar em breve.

Rocha: Gavião caralho tá esperando o quê? - gritou - A vida do teu filho tá em risco porra

Gavião: Eu não vou entregar meu morro porra, eu não vou deixar tudo que eu construí por conta de mulher e criança não! - gritou de volta

Foi nesse momento que meu mundo parou, é como se o chão tivesse caindo e eu indo junto. Anderson não salvaria minha vida e muito menos a do nosso filho, ele preferia continuar com sua ganância ao invés de manter sua família.

Sai do meu transe com Lemão me balançando, eu estava no chão e tinha sangue, muito sangue escorrendo de mim.

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