Gwyn é uma sacerdotisa, Valquíria e Carynthian que reside na Corte Noturna ( na biblioteca abaixo da casa do vento) é uma das melhores amigas de nestha... Gwyn tem um passado traumatico mas vem superando a cada dia que passa..
Azriel é membro da Co...
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Gwyn
Seus olhos se fixaram nos meus, uma intensidade silenciosa fluindo entre nós enquanto o mundo parecia desacelerar. Uma corrente elétrica percorreu minha espinha, despertando uma consciência aguçada de cada batida do meu coração. Naquele breve instante, eu me perdi na vastidão dos seus olhos, mergulhando em um oceano de emoções entrelaçadas.
A música ressurgiu ao nosso redor, preenchendo o espaço com uma melodia cativante que acompanhava os sorrisos e risos dos convidados. O brilho festivo do salão parecia ecoar a luminosidade do amor compartilhado por Nestha e Cassian, uma união que transcendia os limites do comum, um vínculo que brilhava com uma beleza indescritível.
Desvio meu olhar de Azriel por um breve momento, olhando para a mesa que antes estava a sentada. Enquanto observava o casal cercado por amigos e familiares, percebi que aquela celebração não era apenas um tributo ao amor que compartilhavam, mas também uma homenagem à força e coragem que os uniram. Cada gesto, cada olhar trocado entre eles, era um testemunho de uma jornada marcada por desafios superados e laços indestrutíveis forjados pelo destino.
Nestha, com sua determinação feroz e coração ardente, e Cassian, com sua lealdade inabalável e gentileza radiante, representavam a essência da perseverança e da esperança. Seus espíritos entrelaçados eram como chamas gêmeas, dançando em uma sinfonia de cumplicidade e confiança mútua. Era evidente para todos ali presentes que eles eram feitos um para o outro, destinados a enfrentar juntos todas as tempestades e compartilhar todas as alegrias que a vida pudesse oferecer.
Azriel no entanto permanecia diante de mim, sua presença imponente e serena ao mesmo tempo. Seus olhos escuros transmitiam uma intensidade que ecoava nos cantos mais profundos da minha alma, enquanto sua mão estendida permanecia como um convite silencioso para um mundo desconhecido, um convite para descobrir o que se escondia por trás da fachada de mistério e poder.
Percebi que as luvas que cobriam suas mãos eram mais do que um acessório comum. Elas pareciam ser uma extensão de sua própria armadura, uma proteção cuidadosamente tecida para ocultar segredos e traumas que talvez apenas ele conhecesse. O contraste entre a escuridão do tecido e o brilho discreto do couro illyriano ressaltava a dualidade de sua existência, um equilíbrio delicado entre força e vulnerabilidade.
Enquanto minha mente mergulhava na contemplação silenciosa, senti o peso da escolha pairando no ar. Aceitar sua mão estendida significaria adentrar um território desconhecido, mergulhar em um oceano de possibilidades e desafios que eu mal podia vislumbrar. Uma parte de mim ansiava pela segurança que ele representava, pela promessa de estabilidade e proteção que suas feições sérias sugeriam.
No entanto, uma centelha de inquietação sussurrava suavemente em meu íntimo, lembrando-me de que seguir em frente significaria abandonar as certezas do passado e abraçar um futuro incerto, onde os segredos poderiam ser revelados e as máscaras poderiam cair. E mesmo diante dessa ambivalência, uma curiosidade ardente brotava em meu peito, instigando-me a aceitar o desafio e descobrir o que o destino reservava.
