Gwyn é uma sacerdotisa, Valquíria e Carynthian que reside na Corte Noturna ( na biblioteca abaixo da casa do vento) é uma das melhores amigas de nestha... Gwyn tem um passado traumatico mas vem superando a cada dia que passa..
Azriel é membro da Co...
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Gwyn
Acordei com uma leve dor de cabeça, resultado da noite anterior. Talvez tenha exagerado um pouco na bebida. A Casa, em sua gentileza, providenciou um pequeno comprimido que tomei rapidamente, esperando que ele fizesse efeito antes de começar o dia. Tínhamos uma viagem importante pela frente, e eu precisava estar em plena forma.
Levantei-me devagar, o corpo ainda um pouco pesado, e comecei a preparar minha mala. Escolhi vestidos leves e fluidos, perfeitos para a Corte Estival. Pelo que tinha lido, aquela corte costeira era famosa por sua brisa suave e o mar de tirar o fôlego. Queria estar à altura da beleza do lugar.
Após algum tempo, me vesti com o que poderia ser descrito como uma verdadeira obra-prima. O vestido azul profundo que escolhi evocava a tranquilidade das águas do oceano e a vastidão misteriosa do céu noturno. A seda era luxuosa, deslizando sobre minha pele e caindo perfeitamente sobre o corpo. O design exalava elegância e poder em medidas precisas.
A gola alta prendia-se delicadamente ao redor do meu pescoço, adicionando uma sensação de sofisticação e leve altivez. O corpete justo realçava minhas curvas com uma sutileza graciosa antes de descer em uma saia ampla, que flutuava a cada passo, quase como um manto real. A cada movimento, o tecido parecia dançar com a brisa, criando uma presença etérea.
O verdadeiro destaque, no entanto, era a capa que se prendia aos meus ombros, majestosa e fluida, estendendo-se até o chão. A mesma seda azul brilhante adicionava uma aura de realeza ao conjunto. A capa se abria ao redor do meu corpo como asas invisíveis, conferindo-me uma presença quase sobrenatural. Um broche antigo, ornamentado com detalhes intrincados, fechava a capa à frente, completando o visual com um toque de nobreza e mistério.
Aquele vestido não era apenas uma peça de roupa. Era uma declaração. Um lembrete de que poder e beleza podiam andar de mãos dadas, e que ambos podiam ser tão intimidadores quanto inspiradores. Me senti pronta para qualquer coisa, como se pudesse ser uma rainha em seu trono ou uma heroína em uma jornada épica.
Com a mala pronta, caminhei em direção à sala principal no andar de cima. Quando saí do corredor, meus olhos recaíram involuntariamente sobre a porta do quarto de Azriel. Agora eu sabia que era o dele, o que fazia a pequena intimidade da noite anterior reverberar em minha mente. A porta estava fechada. Será que ele já havia acordado? Não pude evitar a curiosidade, mas desviei o olhar rapidamente, recusando-me a ceder ao impulso de bater na porta.
Suspirei, recolhendo a calma que restava, e segui em direção à escada, o som suave de meus passos ecoando pela casa silenciosa. Hoje seria um longo dia, e Azriel... bem, ele já estava perto demais, de um jeito que eu ainda não sabia como lidar completamente.
Subo as escadas com calma, ciente de que ainda era cedo. O silêncio da manhã foi rompido quando alcancei o andar de cima e escutei vozes vindas da sala. Respirei fundo, tentando acalmar a inquietação que já começava a subir pela minha garganta.
