When You Have to Go There, They Have to Take You In

Vinho Caseiro

O inverno era uma época muito chata para ser agricultor. Pior, foi uma época de vacas magras. Durante o outono, ela ganhou muito dinheiro com abóboras, milho doce e berinjela, mas agora não havia horta nem muito para vender. Pelo menos os animais ainda produziam leite e ovos, embora menos devido aos dias curtos e à falta de alimento fresco.

As crianças também estavam inquietas. Eles se vestiram e brincaram na neve nas primeiras nevascas, mas agora isso já era notícia velha e eles estavam mais propensos a reclamar por terem que limpar os degraus da frente antes da escola do que brincar neles. Parte disso provavelmente era porque Penny não chamava dias de neve, já que todo mundo caminhava de qualquer maneira e não era tão difícil caminhar pela neve até a biblioteca.

Riv aproveitou seu tempo extra para finalmente agendar uma reunião de pais e professores. “Vi está indo muito bem”, Penny começou. “Ela está gostando muito do trabalho e ela e Jas competem para avançar no livro de matemática a cada dia. Não tenho uma única reclamação sobre ela.”

“Eu gostaria que ela fosse tão boa em casa”, brincou Riv. Não que Vi fosse mais um problema. Na cidade, ela agiu muito, ansiosa para se adaptar aos amigos e estressada com a quantidade de brigas entre Riv e Tom. Aqui, ela tinha dois amigos e muito o que fazer ao ar livre. Ela adorava a responsabilidade de cuidar dos animais e, se choramingava de vez em quando, não era tanto, considerando a idade.

“Será, no entanto.” Penny fez uma pausa, mordendo o lábio.

O estômago de Riv afundou. “Eles estão tendo problemas para manter suas notas altas?”

“Oh, não, nada disso”, Penny disse apressadamente. “Muito pelo contrário. As notas de Will são fenomenais. Eles estão perto de terminar o livro de ciências de mais alto nível que tenho. Literatura não é problema, se eu ficar sem material eles sempre podem pegar livros da biblioteca e fazer relatórios. Mas nunca ensinei matemática de nível superior e nunca fui mais longe em ciências do que Will está agora.”

"Oh." Foi uma sensação engraçada estar tão orgulhoso e preocupado ao mesmo tempo.

“Nunca fui tão longe academicamente, morando nesta cidade. Eu estava em uma aula com Sebastian, Sam, todos eles. Jodi nos ensinou, antes de Vincent nascer. Mas era basicamente estudar em casa, e todos nós aprendemos o quanto queríamos antes de desistir. Algumas pessoas foram para a faculdade depois, mas eu não. Mas vendo o potencial de Will, o quão criativos e motivados eles são. . . Eu só me preocupo em ensiná-los depois deste ano. Não sei como posso enriquecer o currículo o suficiente quando mal sei mais do que eles neste momento.”

“Mas que outra opção existe?”

“Bem, tem a escola secundária em Grampleton. Muitas crianças do município vão para lá, embora não seja exatamente perto. Eles teriam que embarcar lá durante a semana.”

"Internato?!" Riv tentou trazer sua voz de volta ao alcance da biblioteca. “Não consigo imaginar mandar Will embora na idade deles.”

“É suposto ser muito bom.” Penny pegou um folheto e entregou-o. “Haveria mais crianças lá, desafiando professores. Obviamente, depende de você e eu ensinarei Will no próximo ano, se você quiser. Talvez pudéssemos criar um suplemento online para o que sei. Mas, pense bem. Maru foi para o primeiro e último ano e gostou muito. Talvez você possa conversar com ela sobre isso.

Riv saiu da biblioteca segurando o folheto e sentindo-se um pouco enjoado. Internato? Para o bebê dela? Ela ainda não estava pronta para Will deixar o ninho! Nem durante a semana. Seria isso o egoísmo falando ou o instinto maternal dela?

Dobrando o folheto, ela o enfiou no bolso. Ela teria que fazer uma pesquisa séria antes mesmo de falar com Will.

Distraidamente, seus passos a levaram até Leah. Ela corrigiu seu caminho, atravessando a praça da cidade e voltando para casa depois do ponto de ônibus. Claramente Leah não queria vê-la tanto. Leah a evitou por dias, e quando ela tentou iniciar uma conversa, Leah congelou, parecendo vidrada.

Estou fazendo algo errado? Estou sendo muito forte? Ela poderia jurar que não. Ela decidiu não fazer o papel de Elliott e agir de forma estranha e arruinar a amizade. Apesar do fato de que o único beijo não tenha despertado seu interesse, mas sim a deixado com sede de mais. Muito mais.

Mas isso não iria acontecer. Leah não respondeu ao beijo e ficou estranha desde então. Que maneira estúpida de tentar fazer alguém gostar de você. Você deveria ter convidado ela para sair como uma pessoa normal. Ela poderia simplesmente ter dito não e teria sido muito menos complicado.

No meio do caminho para casa, Riv hesitou. Ela jurou que não iria agir de forma diferente e olhou para ela. Ela tomou um caminho diferente para casa só para evitar Leah. Riv havia prometido que não iria estragar a amizade por causa disso. Mesmo que tenha sido incrivelmente doloroso tentar falar com Leah e se deparar com tanto constrangimento.

Resolutamente, ela parou em casa para tomar uma garrafa de vinho e saiu novamente. Se ser casualmente amigável não estava funcionando, recorra ao que sempre funcionou. Leah adorava o vinho de Riv, ou afirmava adorar. Ela trazia uma garrafa como nos velhos tempos.

Leah não respondeu à batida. Mas não havia luz nas janelas; espero que desta vez ela simplesmente não esteja em casa, não a ignorando. Riv deixou cuidadosamente a garrafa ao lado da porta de Leah e voltou para casa.

Talvez esse gesto fizesse Leah perceber que as coisas poderiam ser como sempre.