[41] Hange Zoe.

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Ilha de Paradis, ano 848

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Ilha de Paradis, ano 848.

A correspondência que Hange Zoe tanto esperava finalmente havia chego, sendo recebida por Moblit Berner e repassada para sua comandante naquele anoitecer de terça-feira. A morena pegou de suas mãos eufórica, a abrindo no mesmo instante e devorando seu conteúdo rapidamente, precisando ler uma segunda vez para que tivesse certeza.
Mesmo após as duras repreensões de seu amigo, ela saiu correndo em disparada pelo quartel, sentindo seu coração sendo comprimido pela sua caixa torácica na medida em que o ar adentrava em seu corpo envolto de um entusiasmo desbalanceado. As escadas de madeira rangiam estridentemente pelo impacto de seus duros passos, indo até o escritório de Levi Ackerman e o invadindo, sem se importar se ele apreciaria aquele ato ou não.

- Chegou..! - Exclamou alto, apoiando-se no batente da porta na tentativa de recuperar o fôlego, aspirando lentamente. - A carta..de Darius! Ela chegou!

Levi Ackerman estava sentado na poltrona em frente à sua mesa com pequenos resquício de poeira percorrendo sua madeira, o que era extremamente incomum para quem o conhecia. Segurando a xícara de chá com o pulso levemente dobrado, ele encarava o vapor esvaindo-se do mesmo, subindo até os fios oleosos de sua franja desgrenhada. Sua farda mal passada, a qual não era retirada de seu corpo desde o dia em que decidiu enclausurar-se no seu privado local de trabalho, acompanhado apenas pelas enormes pilhas de documentos que não paravam de chegar.

- Levi..! Você está me escutando?! - Hange andou até o amigo, batendo com o papel em sua frente. Ele não esboçou qualquer reação, apenas fingiu que não estava a escutando, expressando sua indiferença quanto ao assunto. - O julgamento de Stella foi marcado.

Fazia um mês desde que a custódia de Stella Margareth Thompson foi passada para as mãos da vice-comandante da divisão militar de Paradis, Aleksandra Gorbachev. Desde o dia em que ela foi entregue por Erwin Smith, que não prestou resistência quanto às exigências de Darius Zachary pelo risco da dissolução de sua divisão, um processo que vinha ocorrendo em segredo judicial, nada se ouvia falar sobre a prisioneira de guerra além das especulações sobre o terrível tratamento que vinha recebendo nas instalações subterrâneas em Sina.

Considerando o interesse da divisão de reconhecimento pela retomada de sua custódia, muitos requerimentos foram feitos pelo comandante, e todos foram negados. A unica chance que ainda haviam de recuperá-la era em seu julgamento, no qual seria decidido se a aplicariam a pena capital ou formalizariam um novo acordo, onde a absolviriam de seus crimes, pagando pelos mesmos de forma alternativa; como a prestação de serviços diretamente à coroa, logo que a mesma havia sido ameaçada graças aos atos inconsequentes de uma infiltrada de uma nação inimiga ter permanecido tanto tempo em seu território coletando informações.

Nem os protestos incansaveis Levi Ackerman no dia de sua apreensão haviam sido o suficiente para que a requisição da alteração da sua responsabilidade pela portadora do titã fundador fosse reconsiderada. No momento que a notícia da prisão de Stella chegou ao seus ouvidos, tudo o que ele conseguiu sentir foi um misto de fúria e culpa, direcionados principalmente à sí mesmo.

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