Ilha de Paradis, ano 848.
Ao sentir o ar gélido abraçando seu corpo, envolveu-se ainda mais com a fina manta branca e felpuda, buscando esquentar o corpo dolorido. Seu abdômen doía, assim como suas pernas, de forma quase agonica. Por um momento esqueceu-se do que estava fazendo alí, até sentir dedos deslizando por seu cabelo de maneira carinhosa, afagando os fios suavemente, descendo para seu rosto inerte que recusava-se a abrir os olhos para encará-la, aproveitando que por apenas um momento, poderia ser dela.
Não sabia quanto tempo havia se passado, mas a deixou alí, movendo o dedo indicador levemente por sua bochecha, o cuidando com tanta ternura que o aqueceu, não seu corpo, mas seu coração que estava tão ferido quanto seu físico – se não até mais. Sentia sua falta, mais do que gostaria, e não conseguia deixar de se importar com ela por mais que quisesse, pois independente de qualquer instinto que o dominasse, havia se afeiçoado à aquela mulher.Quando abriu os olhos, a viu sentada ao lado da cama, inclinada sobre a mesma enquanto seu rosto estava depositado em cima do braço esquerdo, enquanto o outro estava ocupado se deixando amá-lo, esperando que ele ainda estivesse desacordado ou cansado demais para perceber. Os orbes verdes-azulados arregalaram-se sutilmente ao vê-lo a encarando, notando as olheiras arroxeadas cercando-os em sua face. Subitamente, seu rosto pálido acendeu-se e abriu um pequeno sorriso em sua direção, afastando-se.
- E-ei, ei, ei..!! Calma aí!! - Stella o repreendeu quando o viu se movendo para sair da cama, o segurando rapidamente pelos ombros. - O que você pensa que está fazendo?! Acabaram de tirar uma bala de vinte centímetros do seu baço!
- Eu não preciso de uma babá. - Respondeu asperamente, bufando de frustração em seguida. Odiava estar naquele estado, e aquilo dificilmente acontecia, mas quando ocorria, não podia deixar de sentir-se fraco.
Stella colocou um pouco de água em um copo que estava depositado na cômoda com uma jarra, retirando de uma das cartelas de remédio analgésicos, os repassando para Levi.
- Por favor..não seja tão teimoso, Levi. - Stella pediu, imaginando a dor que ele estivesse sentindo naquele momento e mesmo assim tentando manter-se forte.
Seus olhos estreitos suavizaram-se, ainda que estivesse um pouco desconfiado, aceitou que ela estivesse cuidando dele. Tirou-os da mão dela e engoliu o largo comprimido com a água, o qual desceu rasgando por sua garganta, imaginando que fosse uma dosagem alta pelo tamanho do mesmo – possivelmente receitado por Hange, que sabia que as pequenas não surtiam qualquer efeito nele.
Levi reencostou-se na cama, deslizando lentamente para baixo para que voltasse a se deitar.
- Você não precisava ficar. - Falou em um tom quase severo, deixando seu orgulho transparecer. Ainda que fosse ela que estivesse ali, não sentia-se confortável de ser cuidado por outra pessoa, justamente por que estava acostumado a ser ele quem fazia isso pelos outros.
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PURE BLOOD | Levi Ackerman
Fiksi Penggemar⇢ Stella Margareth Thompson, uma criminosa de alta periculosidade do norte do Imperio Marley recebe uma oferta irrecusável. Todos os seus crimes seriam perdoados, contanto que ela cumprisse uma simples tarefa: assassinar o famoso comandante Erwin Sm...