[42] O julgamento.

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Ilha de Paradis, ano 848

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Ilha de Paradis, ano 848.

À medida que a luz do sol penetra pela janela da sala, os raios são interrompidos pela imagem de um juíz, sentado em um cadeira de madeira pesadas e com trajes tradicionais, ao lado de um grande relógio de parede e um retrato da monarquia.
Na mesa de madeira escura em sua frente estavam todos os documentos referentes aos infiltrados Annie Leonhart, Bertholdt Hoover, Reiner Braun, Joseph T. Thompson e Stella M. Thompson, a única prisioneira de guerra capturada por Paradis e a mulher cujo supostamente detinha os poderes do titã fundador.
Também havia um grande livro aberto, contendo a lei e os regulamentos do reino. Lá, temos todos os casos pendentes, bem como os casos resolvidos. Há também um escrito sob a mesa, tomando notas de todas as conversas e ações dos presentes.

Ao lado da sala de corte, existem algumas fileiras de cadeiras para o público, onde alguns civis escolhidos à dedo podem assistir ao julgamento por representarem os interesses de toda a população paradisiana. Assim como membros da divisão da guarnição das muralhas, como o renomado comandante Dot Pixis, que observava o início do julgamento bebendo em seu cantil sua costumeira cachaça barata. Membros da divisão militar de Paradis como o comandante Nile Dok, cujo parecia apreensivo por alguma razão, olhando para o relógio em seu pulso, ao lado do tenente Raj Hassan. E principalmente, lá estava presente os responsáveis pela divisão de reconhecimento, a qual a réu fazia parte, sendo estes; Erwin Smith que acabou por vir mesmo debilitado, ainda sofrendo com as sequelas da perda de seu braço esquerdo. Hange Zoe que segurava na mão de Moblit Berner nervosa com o que estava prestes a fazer e Levi Ackerman, que não tirava os olhos da porta do tribunal, esperando por algo.

Ele não pretendia vir até o julgamento, até dado momento, aquilo estava fora de questão por não conseguir olhar para o rosto de Stella Thompson depois de tudo o que ela havia feito, até agora não conseguindo aceitar que a mulher que deitava ao seu lado todas as noites era uma traidora. No entanto, sabia que não conseguiria descansar se não estivesse presente para ouvir sua sentença, onde apenas a expectativa do resultado o deixava em extrema agonia. Ele observava tudo de perto, cada detalhe daquela sala fria, acompanhando os passos de todas as pessoas que alí entravam e sentavam-se, preenchendo as fileiras com seus rostos expressando um misto de repúdio e curiosidade.

Levi se ajeitou na cadeira e olhou para Hange, que mesmo apático como de costume, ela conseguia ler em seus olhos o quanto ele estava internamente angustiado e confuso.

Ansiedade.

Isso era algo que ele não estava acostumado a sentir, ao menos, não antes de conhecer Stella. Seu peito queimando enquanto o coração disparava a cada barulho novo que ecoava naquela sala, imaginando se tratar de sua entrada. Mas não era nada. Os minutos silenciosos que alí se passaram pareciam eternos, como se o tempo houvesse paralisado naquele terrível clima fúnebre que se alastrou por todo o saguão.

E então, aconteceu.

As enormes portas de carvalho escuro se abriram dando passagem para a prisioneira que era arrastada por grandes correntes de ferro em seus braços e pernas, seguida de ao menos sete soldados militares como precaução, junto de Aleksandra Gorbachev, a vice-comandante da policia que exalava toda sua prepotência apenas com os passos firmes de seu salto, batendo estridentemente contra o chão envolvido por polidos azulejos brancos. Ao passar pelo reconhecimento, abriu um enorme sorriso arrogante em direção à Hange Zoe e Erwin Smith, demonstrando sua confiança perante ao juri, consciente de que a vitória naquele tribunal seria dela.

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