Pedri

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Gavi mordeu o lábio inferior antes de digitar

Gavi: Hey! Como conseguiu meu número? Por que pediu demissão?

Ele suspirou e se jogou na cama, lutando contra a vontade de mandar mensagem pra Pedro. Eles se viram pela segunda vez na semana, no dia em que Gavi foi "buscar a cueca" na casa do moreno. Eles sairam e foram pra um motel mais próximo. O de olhos caramelos ainda respeitava essa regra do menor. As outras ele já não se importava tanto.

Gavi sentiu o celular vibrar e viu o número de Pedri no visor, atendendo.

— Hola! — falou.

— Hola Gavi

— Como esta? Por que pediu demissão? Como tem meu número?

— Uma pergunta de cada vez por favor.

— Tả bem. Como está?

— Ótimo. Muito bem.

— Por que pediu demissão?

— Porque encontrei um emprego melhor e que paga bem.

— Uh... Isso é bom. Como tem meu número?

— Uh.. Espero que não se importe. Eu recebo o registro de chamadas, então eu peguei seu número.

— Não. Quero dizer, não tem problema. Só queria que tivesse me avisado antes.

— É que eu não consegui - "tive que comprar outro celular as pressas, então estava bem ocupado", pensou Pedro.

— Tudo bem. Pelo menos falou comigo.

— Sim — Pedri sorriu.

— Sua voz é diferente pelo celular. Parece... — ele pensou em Pedro, mas era coisa de sua mente, então balançou a cabeça — nada.

— Parece quem?

— Nada. Ninguém. Não parece ninguém.

— Oh. -m— suspirou, frustrado — como você está Gavi?

— Tô sem meu atendente de sex call favorito.

— Oh, sinto muito ouvir isso.

— Tudo bem, pelo menos agora talvez ele vá querer me ver.

— Ainda não posso.

— Por que? Você tem namorado Pedri?

— Que? Não. Não. Eu já- eu já tive, mas não tenho. Não no momento. Solteiro e disponível.

— Hey, calma. Foi só uma pergunta.

— Eu não quero que pensa mal de mim.

— Eu não pensei. Apenas curiosidade.

— E como estão as coisas em sua semana com os caras?

— Uh... Ultimamente só tenho um fixo e tal.

— Oh.. Sossegou?

— Não — deu uma risada — apenas aproveitando mesmo.

— Aproveitando dele ou da falta de opção?

— Uh. Na verdade da companhia dele — suspirou — é possível que a gente se apegue a alguém tanto a ponto de querer falar o tempo todo com a pessoa?

— Talvez. Está apegado a ele?

— Talvez. Ele é diferente. Eu não sei dizer ou explicar, mas ele me faz sentir bonito, me faz sentir desejado e amado. Não queria me sentir assim, pareço um adolescente, mas eu acho que eu tô gostando desse cara. E isso vai foder comigo.

𝑺𝒆𝒙 𝑪𝒂𝒍𝒍 |• ɢᴀᴅʀɪOnde histórias criam vida. Descubra agora