— Vamos Pedro. Não tem algo pra me dizer? Ou prefere que eu te chame de Pedri? Oh, eu não sei. Talvez deva te chamar de merda — falou, jogando os papéis em cima da escrivaninha.— Gavi, eu-
— Como ousa não me contar? Mentiu pra mim todo esse tempo? Estava zoando com a minha cara o tempo todo não é? Quantas vezes riu da minha cara de palhaço? Nossa, que garoto estúpido, deixa eu brincar com a cara de otário dele — ele pegou os papéis novamente e dessa vez jogou no maior, que se encolheu, mas tentou aproximar-se de Gavi — não chegue perto de mim. Na verdade eu agradeceria muito se nunca mais falasse comigo de novo.
— Gavi, espera, deixa eu-
— Não, Pedri. Você poderia ter contado. Estamos juntos ha dois meses se for contar desde quando transamos pela primeira vez, oportunidade você teve. Seu merda.
— Eu não podia contar.
— Claro que não. Porque a porra da empresa não deixava não é? Qual a merda da sua desculpa agora? — Pedri não respondeu, apenas abaixou a cabeça e Gavi deu uma risada irônica — que ironia não é? Agora você entende o porque das regras, nao entende?
— São regras estúpidas.
— Pelo menos enquanto eu não as quebrava eu não tinha um coração partido pra consertar — ele olhou pro lado, segurando pra não chorar. Se sentia traído e era péssimo. Fazia muito tempo que ele não se sentia assim.
— Você as quebrou mesmo antes de saber.
— mesmo? Talvez porque eu não sabia que eu transava com o mesmo filho da puta duas vezes na semana. Talvez porque o desgraçado mentiu pra mim tantas vezes que eu cai no joguinho doentio dele.
— Pablo, eu não sou assim.
— Não? Isso foi tudo um jogo pra você Pedro.
— Não foi um jogo. Não é um jogo.
— Não? Pois parece. E parabéns pra minha cara de otário. Eu sou um idiota mesmo, porra — ele riu ironicamente, mas Pedri pode ver algumas lágrimas rolando nas bochechas do menor. Ele queria desesperadamente abraça-lo.
— Você não é otário. Eu gosto de você Gavi, eu realmente gosto, eu só não sabia como te contar, eu-
— Contasse na minha cara. Eu ficaria menos irritado do que eu to agora Pedro, eu entenderia — ele não encarou o moreno, apenas pegou suas coisas e jogou na cama, colocando tudo dentro de uma mochila que havia levado.
— Gavi não vai embora, por favor vamos conversar — ele se aproximou e pegou no braço de Pablo , que puxou o braço com força e passou por Pedro, pegando uma cueca sua que estava no chão.
— Você é um merda. Caralho, me enganou certinho Pedri. Parabéns — ele bateu palmas e riu ironicamente — deve estar feliz agora, não deve? Pois é. Espero que sim.
— Eu não to feliz.
— Que pena. Você ganhou o jogo.
— Não era um jogo. Quantas vezes preciso te dizer isso?
— Nenhuma, eu não acredito em nada que você diz.
— Gavi, eu -
— Gavi, Gavi, Gavi. Você diz meu nome tantas vezes e eu nem ao menos sabia o seu — agora ele olhou pra Pedri. Bem nos olhos do mais velho. — você sabia quem eu era. O tempo todo você sabia e eu feito um idiota, desabafando com você e dizendo coisas pessoais. Pra você não, pro Pedri. Caralho eu me sinto tão estúpido.
— Me desculpe..
— Aquele dia no shopping... Você estava me seguindo? Porque você sabia que eu estaria lá.
— Eu nunca te segui.
— Eu não quero ver você. Não quero ouvir sua voz ou receber mensagens. Não quero que me procure e nem que me mande recados por ninguém. Não quero saber de você González. Pra mim agora, você é o mesmo que nada. E eu não sinto o menor arrependimento de dizer tudo isso. Acabou Pedro.
— Como vai acabar com algo que não começou? Gavi eu queria algo serio com você. Eu não estava jogando, não menti sobre isso. Eu queria você como meu namorado. Eu quero ainda.
— Deveria ter pensado nisso antes, não acha?
— De uma chance. Eu juro que eu-
— Game over Pedro — ele falou colocando a mochila nas costas — você ganhou.
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𝑺𝒆𝒙 𝑪𝒂𝒍𝒍 |• ɢᴀᴅʀɪ
Fanfiction𑄹 📞❤️🔥 ۪ ʾʾ 𖥻 ﹢ ۫ . 𝐆𝐀𝐃𝐑𝐈. ┃𝙵𝙰𝙽𝙵𝙸𝙲𝚃𝙸𝙾𝙽. Pablo Gavira é um garoto viciado em sexo. Ele não diria que isso atrapalha a sua vida, mas sabe que é um vicio pelo qual não pode lutar contra. Em uma noite solitária ele encontr...