𝑺𝒆𝒙 𝑪𝒂𝒍𝒍 |• ɢᴀᴅʀɪ

Atrapalho?

Duas semanas. Esse foi o tempo em que Pedro ficou sem falar com Gavi e vice-versa. Ambos eram orgulhosos e não sabiam como voltar atrás no que havia acontecido. Na cabeça do moreno, aquilo foi melhor porque ele sabia que o amado não queria uma relação séria e estável com ninguém. Mas algo ainda o prendia no rapaz. Ele queria Gavi, ele precisava do menor.

Naquele dia, Pedro ficou no escritório até mais tarde, pois tinha um caso dificil para resolver. Ele deu um longo suspiro olhando para a papelada em sua mesa. Há alguns centimetros de distância estava um porta-retrato dele e Gavi. Deu um sorriso de lado, vendo que a foto era uma perfeita pós sexo. Riu alto ao lembrar que o menor havia tirado aquela foto e ele sozinho decidiu que estava perfeita. Bem, Gavi não havia errado.

— Atrapalho? — perguntou uma conhecida voz. Pedro se limitou a olhar pela periférica, sem virar totalmente pra trás.

— Oi Pedri.

— Trouxe comida japonesa pra nós — ele disse mostrando as embalagens.

— Você não devia estar em lua de mel?

— Por duas semanas? Nós ficamos apenas uma semana, González .

— Oh.. Andei distraido. Não me preocupei em ligar pra vocês, desculpem.

— Acho que nós também não fomos tão bons assim — ele sentou na mesa de Gonzalez e entregou-lhe uma das embalagens e um refrigerante.

— O que veio fazer aqui?

— Vim ver um grande amigo, o que mais? — deu um sorriso.

— Não foi isso que você veio fazer.

— Está bem esperto, uh? — González deu de ombros e ele riu enquanto comia — o que houve no meu casamento?

— Você já sabe o que houve.

— Eu sei a versão do Gavi. Eu quero saber a sua versão.

— Bem... — ele suspirou e terminou de comer um dos sushis — não tem muito o que dizer. Eu e ele brigamos no dia anterior. Ele dormiu na sala porque não queria ficar perto de mim. No outro dia eu levantei cedo e fui pra um bar. Infelizmente eu passei um pouco da conta e quando cheguei no casamento o Gavi pirou. Não tiro a razão dele.

— Nem eu, amigo.

— Ele disse que acabou então nós acabamos.

— E você achou certo?

— Não? Mas não há muito o que fazer nesse caso. Eu amo o Gavi... Amo mais que tudo na minha vida, mas quero que ele seja feliz.

— Hum... Gostou? — perguntou Pedri apontando para a embalagem vazia de González, que assentiu — tenho outra coisa pra você.

— O que?

— Eu já volto, vou pegar.

Pedri deixou a embalagem em cima da mesa e deu um pulo, saindo de perto do maior em direção à saida do prédio. González ficou esperando até que as luzes se apagaram e ele realmente se assustou.

— Droga. — ele se levantou e usou a lanterna do celular — Ainda tem gente aqui! — gritou— Pedri?

González sentiu seu corpo ser prensado contra a parede e desesperadamente tentou sair. Seu celular caiu no chão, mas a lanterna ainda estava ligada. Com isso, Pedro viu o rosto de Gavi ali, dando um sorriso enorme.

— Ga-Gavi?

— Oi pepi — continuou sorrindo.

— O que está fazendo aqui?

— Uh.. Eu sempre tive um fetiche com mesas de escritório — ele disse olhando pra Pedro e desafiando-o.

— Pablo.

— Você não acha mesas excitantes, pepi? — perguntou Gavi, abrindo a calça de Pedro e tirando o membro do mesmo pra fora, masturbando-o

— O que você tá fazendo?

— Te masturbando bem porque daqui a pouco você vai estar dentro de mim — disse em meio a sussurros — fazendo amor comigo bem devagar, como você gosta.

— Gavi, isso não tá certo, nós -

- Primeiro isso, depois resolvemos.

— Mas..

— pepi... Eu tô há duas semanas apenas na punheta porque eu não consigo pensar em ninguém além de você. Não consigo sentir tesão com o toque de ninguém e eu amo você — falou olhando nos olhos de Pedro, mesmo que mal pudesse ver.

— Está falando isso só pra transar?

— Claro que sim — deu uma risada — não. Eu estou falando isso porque eu tô com minhas malas prontas.

— Pra onde você vai?

— Se você disser que sim, minhas roupas estarão ocupando seu guarda-roupa hoje mesmo.

— O que?

— Casa comigo — falou Gavi.

—Espera. O que? — ele tirou a mão de Gavi de seu membro e o afastou.

— Casa comigo Pedro González. Eu quero trocar aliança com você.

— Wow. Por essa eu não esperava.

— Nem eu — disse ele com uma risada, tirando as alianças do bolso, já sem a caixinha — eu esperava que na hora que eu pedisse você ainda estivesse gemendo, mas assim tá ótimo também — ele se ajoelhou e mostrou a aliança maior para Pedro — Você me concede a honra de ser meu marido?

— Gavi levanta — disse González.

— Mas você tem que me responder.

— Levanta pra eu te dar um beijo agora seu otario — disse Pedro com um sorriso — eu quero Gavi. Claro que eu quero!

Gavi se levantou e abraçou Pedro, que o levantou do chão e o rodopiou. O menor colocou a aliança no dedo do noivo e vice-versa.

— Fetiche por mesas, uh? — perguntou Pedro, dando uma risada.

— Fetiche fortissimo.

— Talvez a gente resolva isso...