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— Obrigado por me trazer em casa — falou Gavi, abaixando a cabeça e fungando. Ele não chorava mais, porem seu nariz ainda incomodava.

— Eu senti falta disso — disse, dando um sorriso bobo.

— Não acostume-se de novo. Foi só uma carona.

— Eu sinto sua falta Gavi — falou, fazendo o menor suspirar e olhar pro outro lado apenas pra não encarar Pedri. — seria legal se você dissesse algo.

— Eu só não entendo. Tinha tanto medo que a única solução era mentir?

— Eu não queria, eu...

— Eu tava lá pra você. Tudo o que eu sempre quis foi a verdade.

— Eu sei. Eu sei Pablito, mas não era tão fácil. Eu não sabia como fazer isso. Não sabia como dizer a verdade.

— Se você esteve fingindo desde o início, como agora, eu...

— Eu não estou fingindo Gavi. Eu te darei todo o meu coração pra que a gente possa começar outra vez.

— Pedro... Eu vou ser honesto — ele afundou no banco do carro e suspirou — eu nunca amei alguém dessa forma. Ja me apaixonei, obvio que já. Mas eu nunca amei. Eu achei que eu estava começando a amar você. Que era um porto seguro pra eu atracar. Eu não sei se consigo pensar em você da mesma forma. Eu tava tropeçando, procurando no escuro com o coração vazio. Hoje eu só desejo não sentir.

— Você não queria um relacionamento e eu entendo. É assustador. Eu usei o Pedri pra descobrir mais sobre você. Gavi eu estava fascinado. Eu queria desesperadamente conhecer você e saber tudo sobre ti. Eu realmente queria. Me sentia mal toda vez que você dizia que não queria nada sério, mas meu coração se enchia quando você falava sobre mim.

— Eu queria saber Pedro. Queria mesmo. Eu não teria surtado, apenas ficaria surpreso — ele suspirou — não queria ter descoberto como eu descobri.

— Eu sei... Mas sabe, por tanto tempo eu estive esperando pra me desprender de mim mesmo e me sentir vivo. Eu me senti assim com você. Pode ser cedo. Você pode não sentir o mesmo. Mas Gavi... Eu não quero te perder — o menor suspirou novamente, olhando para a porta de sua casa e pensando um pouco. Ele gostava mais de Pedri do que nunca imaginou gostar de alguém. Ele sentiu que choraria novamente, e não segurou. Com o maior tudo era mais intenso, mais frágil.

— Poderíamos ser o suficiente?

— Amor, poderíamos ser o suficiente.

— Eu não quero mais mentiras Pedro, Eu não suportaria.

— Eu não vou mais mentir. Eu quero você. Por favor Gavi. Dê mais uma chance pra nós — ele olhou pro menor e puxou seu rosto. Gavi deixou. Suas testas estavam unidas e Pedro acariciava o rosto de Pablo.

— Não parta meu coração novamente González — ele falou e Pedri limpou algumas lagrimas do rosto de Gavi usando o polegar.

— Eu não pretendo fazer isso. Não vou perder você.

— Por favor, não me deixe ir. Porque eu to cansado de me sentir sozinho.

— Você nunca vai se sentir como se estivesse sozinho. Eu vou te fazer sentir em casa.

E assim eles iniciaram um beijo lento e cheio de sentimentos e expectativas. Ambos se sentiam frágeis pois davam tudo de si em um simples gesto como um beijo. Gavi ainda soltava algumas lágrimas, não sabia se era medo ou fragilidade, mas sentia que qualquer coisa o faria chorar naquele momento.

Quando se separaram, abraçaram-se e acariciaram o corpo um do outro.

— Eu nunca me senti tão vulnerável como quando te vi com aquele cara no clube.

— Desculpe... Eu queria dar o troco, queria que sofresse... Mas quando vi você chorar no canto eu- eu-

— Eu sei — ele mordeu o lábio inferior. — Tem mais algumas coisas que você não sabe.

— Tipo...

— Jude é meu amigo há anos. Ele gostava realmente de você e queria que eu ajudasse. Foi quando...

— Nos encontramos no restaurante.

— Sim... Desculpe. Eu só tava ajudando um amigo.

— Tudo bem. Por causa disso eu te conheci — ele falou e se afastou um pouco do maior, ainda mordendo o lábio inferior.

— Então não esta bravo? — Gavi balançou a cabeça negativamente.

— Não. Pedro... Eu...

— Você.

— Eu não sou bom nisso, eu só-er... Quer entrar?

— Na sua casa? Onde você odeia compartilhar momentos com alguém? — perguntou Pedri, zombando.

— Quero que durma comigo. Apenas isso. Quero acordar e ver seu rosto.

— Sem arrependimentos? Sem regras?

— Contigo nunca existiu nada disso...

𝑺𝒆𝒙 𝑪𝒂𝒍𝒍 |• ɢᴀᴅʀɪOnde histórias criam vida. Descubra agora