Prova dos bolos

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— Olá Pablo — disse Aurora, abraçando o menor e dando um meio sorriso. Pedro sentiu suas mãos suarem e seu coração bater mais rápido. Era óbvio que estava nervoso.

— Oi mãe — ele deu um sorriso enorme. Se fosse uma situação comum, aquele simples e singro gesto faria Pedro se acalmar. Mas não era comum — esse é o meu namorado. Pedro.

— Oh.. — disse ela. González se levantou como se a mulher fosse um sargento a quem ele precisava prestar continência — muito prazer em te conhecer Pedro. Você é mais bonito pessoalmente do que por foto.

— Obrigado senhora — ele estendeu a mão e a mulher a apertou — agora eu sei de onde Gavi puxou a beleza dele. Da senhora. Quero dizer, a senhora.

— Querido, vamos estabelecer regras, tá bem? Chame-me de Aurora. Eu não gosto que me chamem de senhora. Eu ensinei Pablo a me chamar de Aurora e não de mãe.

— Mas eu não sou muito obediente — falou Gavi dando de ombros.

— Não era pra você se orgulhar disso, mocinho.

— Eu digo isso pra ele sempre  — falou Pedro com um sorriso. Aurora colocou a mão no peito fingindo um ataque do coração.

— Que sorriso é esse garoto? — disse ela. Todos eles se sentaram

— Mãe, Pedro é formado em direito.

— É mesmo? — perguntou ela, realmente impressionada.

— Sim!

— Eu- uh. Sim. Eu sou advogado.

— É o que você sempre quis, querido?

— Sim. Definitivamente.

— Então parabėns! Quem sabe não há um lugar pra você na minha empresa?

— Seria ótimo — falou Gavi, mais animado do que Pedro, que fez uma careta.

— Eu tenho emprego por enquanto... Mas adoraria tentar algo novo.

E desse jeito a noite fluiu. Aurora e Pedro conversaram numa boa, de forma que o maior começou a se sentir confortável próximo a ela. Percebeu que seus medos e angústias eram bobagens. Ela era uma mulher maravilhosa, assim como o filho.

Ao final da noite, ela insistiu para pagar a conta, enquanto Pedri e Gavi se dirigiram para a saida. Eles se abraçaram e trocaram selinhos.

— Viu? Não foi tão dificil — falou Gavi com um sorriso.

— Foi impossivel mi amor.

— Que exagerado! — fez uma careta. Pedro apenas riu.

— Foi muito bom, é verdade.

— Você é muito bobo. É impossivel alguém não gostar de você pepi.

— Nada é impossível amor.

— Mas..

— Então aqui nos despedimos — falou Aurora, se aproximando do casal.

— Atė mais mãe — disse Gavi com um sorriso.

— Ate mais filho. Você não quer carona pra sua casa?

— Não mãe. Vou pra casa do pepi.

— Tudo bem então. Nos vemos na empresa — ela beijou a testa do filho — muito prazer em ter te conhecido Pedro.

— Foi todo meu sen- Aurora — falou ele.

— Muito melhor - ela sorriu e se afastou deles.

°°°

— Você conheceu ela então? — perguntou Pedri para Gonzalez , dando uma risada logo em seguida.

— Sim! Foi um horror Pedri sério. Eu tava muito nervoso, comecei a tagarelar.

— Mas o Gavi falou pro Jude que você se saiu bem.

— Externamente sim, mas por dentro eu tava morrendo querendo saber se ela tinha gostado de mim.

— Normal — disse Watson dando uma risada.

— Foi assim quando você conheceu os pais do jude?

— Foi pior que isso Pepi — disse com uma risada — eu derrubei um prato de sopa nos pés da prima dele. Foi um horror.

— Por que ficamos tão nervosos conhecendo os pais deles? É algo tão simples...

— Porque queremos que as pessoas mais importantes da vida dos nossos amados namorados gostam de nós. É algo normal. O Gavi vai agir da mesma forma quando conhecer os seus.

— Uh...

— Você vai apresentá-los. Não?

— Eu não tenho pais, Pedri.

— Todo mundo tem pais, pepi.

— Sim. mas eu quero dizer que eu não tenho contato com eles.

— Por que?

— Longa história.

— Então você não vai apresentá-los?

— Não. Gavi sabe disso.

— E ele não se sente mal?

— Não. Ele sabe que se exigisse isso eu quem ficaria mal.

— Hum. Quando vai pedir ele em casamento?

— Tá muito cedo pra isso, já conversamos sobre esse assunto.

— Nunca é cedo demais Pedro. As vezes ele tá só esperando.

— Definitivamente ele não está esperando — deu uma risada.

— Que tal esse? — perguntou Pedri, mostrando um pedaço de bolo azul.

— Muito... Azul?

— Uhm... É, mas é gostoso — falou ele comendo um pedaço do bolo.

— O que acha desse aqui? — perguntou González mostrando pra Pedri um bolo completamente branco.

— Parece ser legal. Mas Jude gosta de bolos com mais cores.

— Vocês não deveriam escolher o bolo juntos?

— Decidimos fazer diferente. Ele e Gavi escolherão a decoração e nós dois escolheremos a comida e os doces.

— Por que isso?

— Porque se o Jude viesse ele comeria tudo... Não daria muito certo.

— Bom, eu voto pelo bolo branco.

— O que me diz desse aqui — disse Pedri mostrando a González um bolo branco de chocolate por dentro e decoração em dourado.

— Perfeito?! Eu adorei!

— Lindo mesmo. Posso pensar em colocar bonequinhos meus e do Jude em cima e...

— Nah. Não faça isso.

— Por que?

— É muito brega Pe.

— Não é brega. É romântico.

— Não tem nada de romantico em bonequinhos bregas.

— Eles não serão bregas!

— Não faça isso Pe.

— Tá bem González  — revirou os olhos. Pedro  riu com isso.

— Eu preciso ir — disse Pedro olhando no relógio.

— Mas você é meu padrinho, tem que ficar perto de mim.

— Eu preciso passar em casa e depois ir resolver um caso. Eu te avisei isso.

— Oh.. Já está na hora?

— Já.

— Nossa, o tempo passou rápido.

— Sim. Definitivamente — deu uma risada — preciso ir Watson. Nos vemos logo.

𝑺𝒆𝒙 𝑪𝒂𝒍𝒍 |• ɢᴀᴅʀɪOnde histórias criam vida. Descubra agora