Hoje completo um ano nessa clínica.
Daqui a 28 dias, é meu aniversário.
Cada dia aqui, conta uma história diferente e nos primeiros meses eu me sentia andando em círculos como em um relógio.
Dei muito trabalho, não aceitava as terapias, cuspia os remédios e até tentei fugir...
Dois meses depois de chegar aqui, eu desisti, eu apenas fazia o que me mandavam, tomava o que me davam e comia o que me ofereciam.
E posso dizer que, estou melhor do que quando entrei e até mais otimista.
Vi muita gente chegar e muita gente sair.
Muitos chegavam tristes, mas iam embora de certa forma felizes ou criaram métodos para enfrentar a vida real lá fora e eu não entendia por que isso não acontecia comigo.
Não que eu fosse a melhor das ouvintes, mas, nunca contei sobre meus problemas e nem foi por falta de espaço, foi falta de coragem para falar.
O mundo parece ser tão pesado para os outros que decidimos carregar o peso do nosso sozinhos.Às vezes, um sujeito triste perde a tristeza, falando.
Eu não sentia nada.
Todos sabemos que cada dia que nasce é o primeiro para uns e será o último para outros, e que, para a maioria, é só um dia a mais.
Eu era a maioria.
Além de lutar contra a depressão, eu lutava contra a ansiedade, meus impulsos agressivos e contra todos os demônios que deixei crescerem dentro de mim ao longo dos anos.
Somente quando cheguei aqui, é que tive a exata dimensão da minha doença.
Não era ''só um trauma'', eram diversas condições psicológicas severas que desencadearam uma depressão profunda.
O burnout foi só o começo...
A efemeridade da vida é uma realidade que permeia nossa jornada. Ela nos lembra que, embora possamos nos perder nas demandas diárias, o tempo é uma dádiva efêmera que não pode ser subestimada. A cada novo dia, somos confrontados com a dualidade de começos e finais, uma dança constante entre o nascimento e a despedida.
Por isso, parei de querer fazer tudo do meu jeito e aceitei todo o tratamento e todas as terapias que me demandaram.
Hoje meu tempo é dividido entre dormir, praticar pilates, yoga, frequentar as sessões de terapia e meu lugar favorito, a oficina de artes aliados ao tratamento medicamentoso proposto pelos especialistas.
Um dos meus maiores erros foi achar que, trabalho, noitadas, dinheiro, bebidas, drogas e sexo me ajudariam a esquecer a dor da perda de Sunmi naquela noite e ainda aliei isso, a falsa vida perfeita que o Instagram vende, entendi que, àquela caixinha que contêm toda a nossa vida, cheia de luzes coloridas, senhas, facilidades, redes sociais e opiniões de todos os lados, poderia me ajudar e descobri da pior forma que eu vivia uma mentira gigantesca.
Um ano limpa.
Sem álcool, drogas, sexo, trabalho e celular.
Sim, celular é um vicio e rede social não é terapia.
Foi difícil não ter contato com o mundo exterior, mas entendi que, meu corpo implorou por isso e minha mente me forçou a ter essa pausa.
Mas se eu pudesse ter um, não procuraria nada sobre mim e ficaria longe desse veneno chamado rede social, eu só procuraria uma coisa ou alguém:
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HUNTER | SEULRENE
Fanfiction**CONCLUÍDA** O Hunter só precisava conectar pessoas dispostas a não terem nenhum tipo de sentimento e justo no teste, ele falhou. Uma policial e uma professora com caminhos cruzados. Algoritmo ou destino? #1 Aseul #5 Bae Joohyun #5 Seulrene #1 Lesb...