HUNTER | SEULRENE

SIRENES E POEIRA

- Eu vou ser honesta com você. Não há nada que eu possa te oferecer. Você trafica drogas, tem esquemas de corrupção e prostituição junto do Pink Flower e Big Boy. Mesmo que eu quisesse, não há acordo que possa te salvar da prisão perpétua!

- Eu também vou ser honesto com você gatinha. – provocou Kris Wu – Vou te tirar desse seu mundinho cor de rosa e de privilégios. Vocês estão na pegada das pessoas erradas. Vocês nunca vão achar os chefes. Todo mundo que passou por essa sala te disse a mesma coisa Srta. Myoui. Eles são o tipo de gente poderosa, intocável enquanto nós, reles mortais, vamos para a cadeia no lugar deles.

- Você não acha que está na hora de acabar com o ciclo de injustiças até na hora da prisão Kris? – questionou Dahyun vendo o homem ficar pensativo.

- Nada vai mudar Srta. Kim. Vocês não podem lidar com essas pessoas ainda que eu concorde com seu ponto. Seria bom mesmo que eles fossem pra cadeia junto de nós. Mas pensando friamente, eu morreria mais rápido do que você pensa se eles estivessem por lá...

- Kris de quem vocês têm tanto medo? Você tem razão, todos que passaram por essa sala, mostram um medo descomunal desse líder. Quem é ele?

- Vamos fazer um acordo nos meus termos.

- Eu já disse que não podemos Sr. Wu, v-

- Escute. Não quero sair daqui livre. Eu sei que estou ferrado. Eu sei que terei o mesmo destino que os outros que ousam ficar no caminho ou atrapalhar os planos deles. Fico me perguntando qual de vocês vai fazer o serviço, mas eu suspeito já quem seja... Meus termos são simples. É como uma delação premiada, mas eu não serei o beneficiário.

- E quem seria? – perguntou Mina.

- Meus pais e meus avós. Eles não têm culpa de nada. Quero que os mandem de volta para o Canada. Quero que se certifiquem de que chegarão em segurança nas terras geladas. Mas eu só vou dizer o lugar quando estiver sozinho com você Srta. Myoui. Quero que garantam minha segurança até o Centro de Detenção. É só isso. E para continuar o meu depoimento, quero que o façamos sozinhos. Eu e você.

- Beba a água que trouxe Sr. Wu. – falou Hoseok. – Você precisa para tomar seus remédios.

- Beba você. Te desafio! – sorriu o homem.

- Não tenho sede.

- Nem eu. Como vai ser Srta. Myoui? Eu queria um cigarro... quem sabe pode ser o último...

- Eu posso fazer isso. – falou Mina para desespero de Hoseok. – Dahyun, por favor, faça o que ele pediu. Separe pessoalmente os agentes que farão a escolta da família dele até o aeroporto e depois, faça o mesmo quando o transferirmos. Eu já volto com seu cigarro... – falou a capitã saindo da sala.

- Mina, por que continua cedendo a pressão desses caras? O que acha que nossos superiores vão pensar de nós quando virem que estamos fazendo tudo o que eles querem? Está agindo como uma policial de uma delegacia qualquer. Desesperada por uma resolução! Não é assim que vamos conseguir os resultados, digo, cedendo a todos os pedidos dos bandidos... vão pensar que somos fracos! Você parece aqueles recrutas de Dahyun querendo mostrar serviço a todo custo...

- Mas esse é o meu trabalho certo? Eu não me importo com o que pensem desde que eu consiga os nomes. E você, parece que não quer descobrir de jeito nenhum. Tem algo que eu deva saber Hoseok? – perguntou a capitã firmemente na frente dos outros agentes.

- Tem sim Mina. Hoseok é um traidor! – gritou Nayeon entrando na sala. – Ele é um anjo caído! De alta patente!

- Prendam-no imediatamente! – ordenou Jeongyeon.