EM NOME DA LEI

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Já fazia um certo tempo desde a última vez em que acordei de ressaca.

Foi difícil dirigir até o meu apartamento sem um óculos escuro mas, depois de alguns minutos eu finalmente estava em casa.

Depois de um bom banho, vesti o meu pijama, presente de aniversário de Yeri, coloquei o celular para carregar e me deitei na minha cama.

Joy e minha irmã ainda queriam ir para um karaokê hoje, mas achei a ideia inconcebível.

Era o momento de aproveitar o sábado fazendo o que sei fazer de melhor:

Dormir.

Quando eu acordar eu corrijo tudo.

As vezes eu me arrependo de tantos trabalhos e provas que aplico, mas é necessário.

Nos primeiros minutos tudo estava perfeito. Janelas fechadas, o quarto escuro, o som dos pássaros e de uma...

Furadeira!

Vizinhos que usam ferramentas no sábado de manhã deveriam ser presos!

Virei de um lado, virei para o outro, coloquei o travesseiro sob as orelhas, mas nada parava aquele barulho infernal!

Parecia que o condutor da ferramenta, estava furando a minha cabeça.

E pela minha dor, parecia que era isso mesmo!

- Sungjin oppa! Bom dia. A cobertura foi vendida? – perguntou Joohyun no interfone.

- Bom dia Srta. Bae. Sim, os novos moradores chegaram há um mês eu acho.

- E esse barulho todo?

- Hoje é sábado Srta. Bae. O barulho meio que é liberado... – falou o porteiro sem graça. – Até as 16:00hs para mudanças e até as 22:00 para festas.

- Sim, eu sei disso... é que... estou com tanta dor de cabeça... – dizia Joohyun esfregando a testa.

- Podemos falar com elas. O outro porteiro disse que elas são muito gentis.

- Não, deixe que eu falo... se está dentro do estatuto do condomínio eu não posso reclamar, mas... tenho notado que fazem muito barulho. Não reclamei porque dou aulas o dia todo, mas, ouço barulhos de moveis arrastando-se a noite.

- Parece que os moveis estão chegando aos poucos e elas trabalham o dia todo também. Deve ser por conta disso o barulho no começo da noite... inclusive, alguns moveis acabaram de chegar. Vou avisar pelo interfone. Ajudo em algo mais?

- Não Sungjin. Obrigada. Eu resolvo isso. – disse a professora encerrando a chamada.

Devem ser recém-casados.

Casadas devo dizer.

Sungjin disse que são duas mulheres e aposto que estão tentando fazer tudo sozinhas para ter aquelas cenas clichês de filmes de romance.

Que inveja...

Eu vou ter que subir.

E vou de pijama mesmo.

Parece que magicamente, o elevador fica parado quando se trata de ter pressa para resolver algo.

Poderia ir de escada, mas...

A ressaca faz parecer que, cada passo que dou, levo uma paulada na cabeça e estranhamente eu tenho medo de escadas de incêndio.

Quis matar minha namorada quando escolheu esse andar.

HUNTER | SEULRENEOnde histórias criam vida. Descubra agora