DESCARTES, ROUSSEAU & SARTRE

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- Essas são Yu-Jimim e Ning Yizhuo. – falou Joohyun para as outras meninas – Essas, são as membros do comitê de boas-vindas!

- Obrigada Srta. Bae. – responderam as alunas recém-chegadas.

- Por que sempre que alunos novos chegam, você as coloca para se sentarem com as losers da Haknam? – debochou Doona.

- Primeiro, eu sou Srta. Bae e não ''você''. Segundo ponto, elas são livres para sentarem-se com quem quiser, apenas fiz uma sugestão já que, recepcionaram tão bem Winter, Giselle e Lia. – respondeu Joohyun.

- A SENHORITA... – frisou Doona – Tem toda a razão. Não é qualquer um que pode andar com a gente! – debochou novamente a aluna – No mínimo, tem que ser bonito! Mas essas duas aí até que são! – concluiu vendo sua turma rir.

- Você talvez tenha pensado, se é que isso é possível no seu caso, que, nós não queremos andar com gente como você? – interveio Winter – Por que no mínimo, tem que ter caráter e acho que te falta bastante...

- Menos de um mês de Haknam e já acha que pode bater de frente comigo Winter? – falou a aluna dando um tapa na mesa. – Se eu fosse você, teria cuidado! Quem você pensa que é?

- Apenas uma linda estudante que não quer andar com gente sem caráter! – respondeu.

- Você quer comprar mesmo essa briga? – provocou Doona.

- Você quer realmente mexer com a minha irmã? – devolveu Giselle.

- Está certo... soube que vieram de um orfanato. Pessoas assim, são perigosas mesmo... – aguçou a aluna.

- Vou te mostrar o que aprendi por lá! – exclamou Winter levantando-se e sendo contida por Ryujin e Chaeryeong.

- Chega disso! Exijo respeito dentro da minha classe. E Doona, eu não vou admitir que, faça insinuações sem fundamento, na próxima você vai conversar com a diretora e explicar porque pensa isso sobre pessoas oriundas de casas de acolhimento, ela vai adorar saber que você tem essa visão sobre essas crianças... E você Winter, controle-se! – gritou Joohyun – Coloquem na página 29. – pediu. – Acompanhem a leitura: ''Fundador do racionalismo moderno, o filósofo René Descartes (1596-1650) associa a liberdade ao conceito de livre-arbítrio''. Na visão cartesiana, a liberdade é o ato de saber avaliar bem e racionalmente todas as alternativas disponíveis antes de tomar uma decisão. Para ele, age com mais liberdade quem melhor compreende as alternativas que precedem a escolha. – explicou a professora.

- Livre Arbítrio é uma cilada do diabo para que cometamos pecados! Meu pai é pastor e já falou sobre isso na igreja! – argumentou Doona.

- E parece que você cai em todas essas ciladas... – sussurrou Yeji. – Quem a vê, pensa que é uma santa...

- O que disse? – perguntou a aluna.

- Continuando... ainda que seja uma expressão muito utilizada por religiosos, o livre arbítrio nada mais é que o ato de saber avaliar bem e racionalmente todas as alternativas disponíveis antes de tomar uma decisão. Lembram quando eu disse que, filosofia e religião possuíam características semelhantes? Então! Já Rousseau, defendia que não existe liberdade sem igualdade. Por exemplo, não haveria democracia sem a livre circulação de ideias. Ele difundiu o conceito de que a liberdade é um direito e um dever ao mesmo tempo. Os ideais de Rousseau influenciaram a Revolução Francesa em 1789, que fundou a noção dos direitos civis e reconheceu a liberdade como uma dos princípios fundamentais da revolução. Para ele, o povo, não o rei, deveria ter o verdadeiro poder, o que afrontava o absolutismo vigente na época. O famoso Liberté, Égalité, Fraternité.

HUNTER | SEULRENEOnde histórias criam vida. Descubra agora