NO ALTO DE UMA MONTANHA

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Capítulo 2/4

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- Seulgi... – chamou o cabo colocando sua mão gentilmente no ombro da amiga.

- Oi Mook. – respondeu abatida.

- Eu trouxe café. Você não comeu nada.

- Achei um lanche na minha mochila. Deve ter sido a Jo... a Wendy que colocou e nem vi. Obrigada pelo café. – corrigiu-se Seulgi

- Como você está?

- Ainda com a cabeça fervendo. Pedi alguns favores, mas a falta de resposta está me matando. Quanto mais penso, menos caminhos para a conclusão eu encontro. Está claro quem fez isso, mas eu não consigo encontrar uma maneira de ligá-la a tudo... Os policiais disseram algo?

- Ainda não, só estão evocando a cada pergunta, o nemo tenetur se detegere, que preconiza que ninguém pode ser obrigado a produzir prova contra si mesmo. Esse mandamento também é conhecido doutrinariamente como "princípio da não autoincriminação". Estamos aguardando o relatório detalhado da Inteligência com os pagamentos realizados. Talvez isso os force a dizer algo. E a... bem, você sabe, teve noticias dela?

- Uau! Muito bem, essa é uma das questões do concurso público! Ela está bem sim Mook, está na casa dos pais. Está se divertindo com as irmãs. Soube que aquela pessoa, está no apartamento fazendo muito barulho... – respondeu Seulgi apontando para o nome de Amber escrito no papel.

- Aprendi com a melhor! Obrigada por me doar o seu material de aula Seulgi-ssi! Por que você não vai ver como Wendy está? – sugeriu Mook.

- Wendy? – perguntou confusa.

- Isso... aproveite que Hwasa e Whee-In estão monitorando a casa. Aliás, a sugestão foi delas, como sabem da inocência dessa pessoa, estão estudando no carro com o material que você nos deu. Depois, vá descansar. Você vai dar aula amanhã cedo na Haknam. Aqui... – falou o cabo entregando a chave de seu carro – Use o meu.

- Mook! Obrigada! – falou animada – Eu não vou me esquecer dessa ajuda! – disse abraçando o amigo.

Eu ainda estava completamente chocada com toda as informações que envolviam Joohyun na investigação.

Não posso nem pensar em perdê-la novamente.

No caminho fiz uma ligação para alguém que sempre me ajudou na adolescência com muitas questões das quais eu nunca encontrava resposta.

Não sozinha.

Meu coração batia rápido, refletindo a indecisão que me consumia.

Por uma lado, eu poderia dar a ela, tempo de provar a sua inocência e assimilar tudo o que estava acontecendo e por outro, poderia a deixar ainda mais com medo e estragar toda a operação.

Após alguns toques, a voz tranquilizadora que procurava, ressoou do outro lado da linha.

- Appa, você tem um minuto? Preciso conversar sobre algo importante.

- Claro, princesa. O que está acontecendo?

- É sobre Joohyun – suspirou Seulgi –Tenho informações sobre uma investigação em que ela está envolvida, é injusto, sei que ela é inocente e estou em dúvida se devo contar a verdade para ela. Hyun costuma receber noticias assim de maneira muito descontrolada... acho que nem eu teria esse controle...

- Compreendo. A verdade pode ser um terreno delicado, mas o que está em seu coração? O que aconteceu?

- Bem, é complicado e sigiloso. No passado, Joohyun foi acompanhante de luxo como você sabe. Ela tinha um cafetão com ligações perigosas, especialmente com um bandido muito perigoso da capital.

HUNTER | SEULRENEOnde histórias criam vida. Descubra agora