COLAPSO

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CVV 188

CAPÍTULO COM GATILHOS, PROCURE AJUDA MÉDICA!

SAÚDE MENTAL É COISA SÉRIA!

CVV 188

- Yeri você não pode dirigir. Pare o carro, deixa que eu assumo o volante.

- Você não tem condições de dirigir. Está visivelmente abalada. Nossos pais estão nos aguardando.

- Yeri você não tem habilitação, estou cheia de problemas e tudo o que menos preciso neste momento, é ser parada pela policia aqui. Pare o carro. – pediu Joohyun quase em sussurro.

- Não vou parar. Você deveria me agradecer por não ir até a casa dessa garota e dar uma boa lição nela! Filha da puta! Que ódio! – Falou Yeri batendo as mãos no volante.

- É por conta de violência que estou nessa situação, isso não resolve nada. Onde está Winter?

- Mas ela merece uma boa surra! Joy veio buscar as meninas e as levou para o hospital. A amiga de Jeong disse que ela caiu sobre o braço e estava bem inchado.

- Yeri pare o carro! – falou mais alto.

- Ok. Eu não quero te chatear ainda mais... – falou a jovem saindo do veiculo e vendo Hyun pular para o banco do motorista e trancar as portas. – O que você está fazendo?

- Pegue minha carteira. – disse jogando o acessório nas mãos da irmã – Peça um carro por aplicativo ou um táxi. Eu preciso ficar sozinha! – falou Joohyun chorando muito.

- Aonde você vai? Joohyun você não está bem!

- Vou ficar sozinha. – limitou-se a responder antes de sair com o carro.

As luzes do sol tingiam o interior do carro enquanto eu dirigia pelas movimentadas ruas da cidade.

O brilho intenso lá fora contrastava com a escuridão que se instalava dentro de mim. As lágrimas que teimavam em escorrer eram quase imperceptíveis diante da luz do dia, mas a dor que carregava pesava como uma sombra constante.

O tráfego ao meu redor parecia caótico, refletindo a tempestade que rugia em meu coração.

As acusações injustas de tráfico e a exposição do meu passado como prostituta eram como nuvens escuras pairando sobre mim, obscurecendo qualquer raio de esperança.

Não posso ter uma segunda chance?

Meus pensamentos se perdiam na estrada à frente, uma estrada sem rumo que espelhava a confusão dentro de mim.

Uma pergunta martelava em minha mente:

Eu realmente mereço passar por tudo isso?

As lágrimas ameaçavam turvar minha visão e a ideia de desistir começava a se insinuar.

Cada semáforo vermelho parecia prolongar o meu sofrimento, enquanto eu contemplava o abismo da minha própria existência.

Os pensamentos de morte dançavam ao redor da minha mente como sombras insistentes, sussurrando promessas de alívio. O volante tremia sob a pressão das minhas mãos trêmulas, e a estrada à minha frente parecia uma passagem obscura para a libertação.

Será que a morte é a única maneira de escapar dessa dor insuportável? E se eu não fizer a próxima curva? Se eu seguir direto e em velocidade máxima, a mureta de proteção é velha, não suportaria o peso do carro aliado com a velocidade e cederia em direção a queda consideravelmente alta daquele morro.

HUNTER | SEULRENEOnde histórias criam vida. Descubra agora