Capítulo 6 - Docinho

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Boa Leitura!

Aqui dentro tudo é intenso, inclusive o estrago.

brito.

Zeus 

Algumas horas antes... 

Eu chego na boca e assim que entro na minha sala vejo o "tal amigo" do meu pai na minha sala, sentado na minha cadeira como se fosse o rei do lugar. Eu pensei que nunca mais fosse ver esse filho da puta na minha vida, mas cá estamos nós outra vez. 

-Guto nos deixe sozinhos. - falo pra ele. 

-Já é. - ele sai da sala fechando a porta. 

-Sai da porra da minha cadeira. - tiro minha arma da cintura. 

-Meu sobrinho querido. - ele abre um sorrisinho. - Não precisa se alterar. - levanta com as mãos pra cima. 

-Que caralhos está fazendo aqui? Meu pai já não deu a papo pra você? Não falou que não queria te ver pintado de ouro aqui?

Meu tio mais conhecido como Macedo é bicheiro e infelizmente as vezes fomos obrigados a conviver. Aqui ninguém sabe que ele é irmão do meu pai e nem pode, meu pai faz o possível para manter isso no sigilo e eu mantenho a mentira assim como Paula e minha mãe.

-Seu pai e eu estivemos conversando. - fala e puxo a cadeira me sentando. - A gente tem tentado se resolver e acho que conseguimos, eu fiz merda pra caralho e acabei prejudicando seu pai é verdade, mas eu nunca trai vocês. 

-Não traiu, mas quando ele precisou você tacou o foda-se, mas se ele perdoou você o problema é dele. - rebato. - Meu santo não bate com o seu e nunca vou confiar em você, mas meu pai pelo visto... - bufo. - Qual é a porra do recado que tem que me dar? - pergunto já sacando a parada. 

-Vai precisar reforçar a segurança do morro. 

-Eu não quero ele aqui depois que fugir. - aviso. - Ele vai ter que esperar a poeira abaixar primeiro. 

-Já tá tudo no esquema. - ele sorri. - Ele não quer você metido nisso, pois tem medo que você seja preso. - reviro os olhos. - Por isso tudo está no maior sigilo. 

-Olha... Façam como quiser, espero que isso dê certo, pois se ele morrer nessa fuga... Porra! Eu penso na minha mãe e irmã, eu vou sofrer, mas vou ter que ser forte pra elas. 

-Ele não vai morrer, Zeus. - ele bate na mesa três vezes. - Vai acontecer pela madrugada. 

-Mais alguma coisa? - pergunto pra encerrar esse assunto. 

-Esse é o celular que você vai falar com ele, completamente seguro coisa fina. - me mostra e pego da sua mão. - Ele vai te ligar e claro, pra falar com sua mãe e irmã. 

-Já é. 

Ele sai da sala e eu jogo o celular na mesa puto.

Não me entendam mal, eu quero meu pai de volta nas nossas vidas, mas dessa forma ele vai trazer toda aquela corja atrás dele e pro meu morro. O morro tem invasão e as vezes tenho que ficar escondido como um rato, mas ainda sim é muito melhor do que era antes com meu pai. 

-E ai cara? O que esse cara queria? 

-Meu pai vai fugir hoje de madrugada. - respondo. - Fica entre nós isso, mas eu não queria ele aqui. 

-E porque? 

-Vamos ter que ser muito mais cautelosos agora, segurança trincando nesse caralho Guto. - passo as mãos no rosto. - Ele vai pra algum lugar que não quero saber onde é e depois vai baixar aqui, na encolha. 

Zeus - Tráfico E Desejo - ROMANCE DARKOnde histórias criam vida. Descubra agora