Capítulo 8 - Promessa

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Boa Leitura! 

A gente tem que parar de tentar adivinhar o fim antes dele chegar.

Cristal 

-Você sabe que horas são? - meu pai se levanta do sofá. - São quase meia noite, Cristal. - grita. - Estava até essa hora com essa perdida? 

-A gente ficou conversando pai. - respondo ele. - Eu disse pra mãe que já estava vindo, mas eu e Paula ficamos conversando... 

-Sobre o que? - pergunta ele cruzando os braços. 

-A vida. - respondo. - Eu vou ir pro meu quarto, amanhã acordo cedo para trabalhar. 

Passo por ele e minha mãe que estava calada, mas sinto as mãos dele no meu braço me assustando. 

-Que cheiro é esse? - ele chega mais perto de mim me cheirando. - Porque está cheirando perfume de homem? Isso é cheiro de Malbec. - fala meu pai. - Estava com macho na rua? - aperta mais meu braço. 

-Não! Para pai. - choramingo e minha mãe pede pra ele me soltar. - Eu estava na quadra, tava cheio de homem jogando bola. - explico. - Por isso o cheiro de perfume masculino. 

Droga! 

E pior que eu estava realmente cheirando Malbec, pois Zeus usa esse perfume e nós estavam agarrados até uns minutos atrás. 

-Se eu pegar você mentindo pra mim, Cristal... A coisa vai ficar bem feia pro seu lado. - solta meu braço. - Eu vi que você chegou num carro, mas nem vou perguntar quem era, pois se eu souber te arrebento.

Eu subo as escadas apressada e entro no meu quarto fechando a porta. 

-Essa foi por pouco... 

Minha mãe brigava comigo, mas não era de bater só que meu pai sim. 

Ele me dava chineladas e tapas na bunda, mas eu nunca fui de aprontar muito por isso nunca tomei uma surra pesada na vida.

Eu sempre tentei fazer tudo para agradar meus pais, principalmente por eles terem passado bastante tempo comigo no hospital pelas queimaduras. Mas eu também queria viver e eu iria viver, mesmo que isso crie um grande problema aqui em casa. 

Zeus sabe alguma coisa do meu pai que eu não sei, ele não quis me contar e isso me deixou curiosa. 

Eu tomo um banho e depois me deito, fico olhando pra janela fechada só com o vidro e sorrio ao lembrar do que aconteceu mais cedo na casa do Zeus. 

Dormo pensando nele e em como minha vida vai mudar a partir de agora. 

[...] 

Pela manhã eu fico sabendo que meu pai saiu mais cedo do que o normal e agradeço por isso, pois assim não preciso escutar ele falando na minha cabeça sobre a má influência da Paula pra mim. Tomo um café bem reforçado e me despeço da minha mãe, saio de casa apressa em direção a cantina. 

Chego lá e vejo minha vó e dona Cassandra na porta conversando. 

-Oi vovó. - falo. - Oi dona Cassandra.

-Oi meu amor. - minha vó me abraça. 

-Oi querida. - dona Cassandra sorri. 

-Vou entrar. - beijo minha vó e entro indo até onde guardo minhas coisa. 

Ao abrir a porta vejo Cadu só de calça e sem camisa. 

-Ai desculpa! - fecho a porta novamente. 

-Deixa de besteira. - ele abre a porta me fazendo entrar. - Só to sem camisa, não estou pelado. - ele ri e sorrio de volta. - Até porque ontem você estava vendo vários homens sem camisa na quadra. - eu coloco minha bolsa no pequeno armário que tem na parede. 

Zeus - Tráfico E Desejo - ROMANCE DARKOnde histórias criam vida. Descubra agora